Chega de demissões
Funcionários da Sabesp decidiram nesta terça (10/3) decretar greve por tempo indeterminado, a partir do dia 19.
O Sintaema (sindicato dos trabalhadores de água e esgoto) disse que será mantido um quadro mínimo de 30% dos funcionários, mas prevê que atividades como reparos em tubulações secundárias e atendimento aos clientes devem ser prejudicadas.
“Cuidaremos para que funcionários trabalhem em caso de grandes emergências”, afirma Renê dos Santos, presidente do sindicato.
A expectativa é que a Sabesp negocie. Foi marcada nova assembleia no dia 18, para ratificar ou não a paralisação.
A categoria reclama do que chama de “escalada de demissões” em 2015.
Segundo o Sintaema, 399 demissões ocorreram desde janeiro em todo o Estado. Outras 160 estariam agendadas.
O sindicato afirma que 80% das demissões atingem a área operacional da empresa. O Sintaema pede ainda garantias de que a participação nos lucros será paga.
Diálogo
A Sabesp não comenta as demissões. Em nota, a empresa informou que “respeita a decisão aprovada em assembleia da categoria e se coloca à disposição para o diálogo”.
A empresa ligada ao governo de São Paulo disse ainda que as atividades essenciais serão preservadas.
A Sabesp tem 15 mil funcionários. Outros 7.000 são terceirizados, segundo o último relatório da empresa, de 2013.
No ano passado, a Sabesp cortou R$ 1,1 milhão de despesas para compensar a deterioração de suas finanças. E R$ 1,5 milhão deixou de ser arrecadado devido ao bônus dado para consumidores que economizam água durante a atual crise hídrica.
Fonte: jornal Folha de S. Paulo