Governo do Estado não definiu contrato para limpeza de piscinões

16/09/2013

Enchentes à vista

Ainda não há definição sobre a PPP (Parceria Público-Privada) para escolha de empresa que irá administrar os 45 piscinões da Região Metropolitana de São Paulo, incluindo 15 novos reservatórios. A licitação foi lançada no início do ano, mas ainda não foi declarado o vencedor do certame. O valor estimado do contrato é de R$ 932 milhões e a duração é de 20 anos. O Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica) diz estar fazendo a análise do plano de negócios e que a fase de habilitação será avaliada na próxima semana. Não foi dado prazo para o fim do processo.

Entre as atribuições da prestadora de serviços está a limpeza dos 19 dispositivos da região. Esse tema gera polêmica entre estado e prefeituras, que empurram entre si a responsabilidade pela conservação das áreas.

Em 2011, o Daee assinou contrato de R$ 29 milhões para limpeza de 25 piscinões da Região Metropolitana. O documento expirou no final de 2012.

Desde o fim do contrato, o departamento estadual passou para as prefeituras a tarefa de combater a sujeira e o assoreamento nos reservatórios. A atividade, no entanto, não tem sido feita, segundo moradores de regiões próximas dos tanques de armazenamento. As administrações municipais alegam não ter condições financeiras de assumir o serviço. Na Capital, o trabalho foi assumido pelo Executivo.

Piscinões prometidos para o ABC seguem apenas no papel

Prometidos pelo governo do Estado desde a década passada, os piscinões Jaboticabal e Miranda D’Aviz, na região do ABC, ainda não saíram do papel.

Exemplo disso é o reservatório do bairro Miranda D’Aviz, em Mauá, anunciado pela primeira vez pelo governador Geraldo Alckmin em 2001. No final de 2012, o Daee prometeu que as obras começariam no segundo semestre deste ano, o que dificilmente ocorrerá em razão da demora dos processos de licitação. O reservatório, próximo ao Rio Tamanduateí, seria importante para evitar enchentes na região do Jardim Zaíra.

Já o piscinão Jaboticabal, na divisa entre São Paulo, São Bernardo e São Caetano, está mais longe de sair do papel. A promessa de construção é feita desde 2008. Em 2011, o Daee chegou a lançar licitação para o reservatório de 900 mil metros cúbicos, avaliado em R$ 76 milhões. No entanto, o certame foi suspenso no ano seguinte após determinação judicial.

O único piscinão que atenderá a região e está sendo construído atualmente é o Guamiranga, na Vila Prudente, próximo a São Caetano. As obras foram iniciadas em dezembro de 2012 e a previsão de entrega é para o fim de 2014. O reservatório terá capacidade para armazenar 850 mil metros cúbicos de água. O investimento é de R$ 113 milhões.

Juntos, os dispositivos teriam capacidade para armazenar um milhão de metros cúbicos de água, o equivalente a cerca de 400 piscinas olímpicas.

*com informações do jornal Diário do Grande ABC

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