Governo tucano tem que cumprir a lei

08/02/2012

Professores conclamam

Crédito: PT Alesp

Professores conclamam que governo tucano cumpra a lei da jornada

Indignados com o não cumprimento, pelo governo tucano em São Paulo, da Lei Nacional do Piso (Lei 11.738) que determina um terço da jornada em atividades extraclasses, dezenas de professores estiveram na reunião ordinária da Comissão de Educação e Cultura, nesta quarta-feira (8/2), na Assembleia Legislativa.

Na reunião foi votado e aprovado requerimento do deputado Simão Pedro, que preside a Comissão, para realização de audiência pública sobre a jornada extraclasse dos professores da rede pública estadual, na próxima quarta-feira (15/2), na Assembleia. A Comissão irá enviar convite ao secretário estadual de Educação, Herman Voorwald.

A indignação dos educadores é que o governo do Estado recorreu à Justiça e conseguiu uma liminar para postergar a aplicação de sentença, já proferida, de que o governo paulista tem que reduzir a jornada dos professores em sala de aula e cumprir a Lei 11.738, que determina que um terço desta jornada seja para as atividades extraclasses.

“Nós professores, queremos o cumprimento da jornada, porque só assim será possível uma escola pública de qualidade, onde os professores têm horas para planejar aulas, corrigir provas e para formação pedagógica”, explica a presidente da Apeoesp (sindicato dos professores, Maria Isabel Noronha.

Os professores denunciaram que o governo do PSDB quer contar como “atividade extraclasse” os supostos dez minutos de diferença entre o tempo de uma hora aula (50 minutos) e a duração de uma hora de trabalho (60 minutos).

Para o professor José Maria, presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP), “o magistério de São Paulo merece respeito e a secretaria de Educação e seu secretário precisa dialogar e não chegar com o prato feito”.

Governo do Estado desrespeita cidadãos

“O governo paulista não obedece a sentença já proferida”, ressaltou o professor Carlão, vice-presidente da CUT.

Neste mesmo sentido, vários oradores fizeram coro e destacaram o fato de que para cumprir decisões judiciais contra a população pobre do Pinheirinho, os sem-terra, os estudantes da USP, a “in-justiça” tucana e o governo Alckmin mandaram a tropa de choque e todo o aparato repressivo da Polícia Militar, agora, para fazer cumprir as sentenças que determinam a redução da jornada dos professores, o governo pisoteia a lei.

Para o presidente da CUT, Sebastião Cardoso, “não nos causa surpresa o que o governo de São Paulo está fazendo com os professores. É um governo que há 16 anos está aí desrespeitando a população paulista e faz do Estado o quintal da casa deles. O povo de São Paulo e os todos os servidores não merecem ser tratados assim”.

Os deputados do PT, Simão Pedro, João Paulo Rillo e Alencar Santana, presentes na reunião, manifestaram solidariedade à luta dos professores.

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