Grávidas ficam sem atendimento em maternidade pública de Arujá

14/05/2012

No dia das mães

Grávidas que procuraram atendimento médico na única maternidade pública de Arujá, na grande São Paulo, não conseguiram ser atendidas neste fim de semana. Devido à falta de médicos e de estrutura, as gestantes foram dispensadas e orientadas a procurar outros hospitais. Nem mesmo as mulheres que estavam com dores foram atendidas ou transferidas de ambulância.

Segundo matéria publicada no Portal G1, prestes a desmaiar, uma das futuras mães chegou a se apoiar em um muro e ganhou apenas uma cadeira de rodas. Como não havia vagas, a diretoria do Pronto-Socorro e Maternidade de Arujá orientou que só mulheres em trabalho de parto fossem atendidas.

A mesma situação se repetiu no pronto-socorro da unidade. Segundo a diretoria do hospital, dos três plantonistas, apenas um foi trabalhar. O diretor clínico Walter Guinger informou que os casos urgentes eram atendidos e as pessoas que precisavam trocar receitas ou de outros serviços eram orientadas a retornar na segunda-feira, 14, ou procurar um posto de saúde.

O caso de Arujá é reflexo da crise na área da saúde na região. Dois grandes hospitais que deveriam receber os encaminhamentos da cidade – o Regional de Ferraz de Vasconcelos e o Santa Marcelina de Itaquaquecetuba – afirmaram que não podem atender novos pacientes.

As unidades, que são referência para a área leste da Região Metropolitana, estão sem médicos. Ambas enviaram ofícios para as equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pedindo para que pacientes não fossem levados para os hospitais.

Inicialmente, a secretaria estadual de Saúde afirmou que desconhecia a informação de que grávidas não eram atendidas nos hospitais de Itaquaquecetuba e de Ferraz de Vasconcelos e ressaltou que nenhuma paciente foi transferida desses hospitais por meio da Central de Regulação de Vagas do Estado. Na tarde desta segunda-feira, 14, entretanto, a secretaria informou que irá contratar mais médicos para todos os setores ainda neste semestre. O órgão afirma que os hospitais não deixaram de atender as pacientes. Só neste fim de semana, 31 gestantes foram internadas em Itaquaquecetuba, e em Ferraz de Vasconcelos foram feitos 23 partos.

Há um mês deputado petista denunciou falta de atendimento

Em 3 de abril o deputado Gerson Bittencourt levou à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa que a os hospitais geridos pela OS Santa Marcelina, no bairro do Itaim Paulista, na capital, e no município de Itaquaquecetuba, estavam reduzindo atendimentos de serviços médicos à população.

Na ocasião, os administrados alegaram que a redução de alguns serviços ocorreu por conta de baixa procura, o que foi contestado veemente pela população local que participou da audiência.

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