Guarulhos cobra Metrô e Universidade Estadual em audiência do Orçamento do Estado

23/08/2011 15:04:00

Audiências regionais

Crédito:

 

Pouco antes de iniciar a Audiência Pública do Orçamento Público estadual 2012 no município de Guarulhos, organizada pela Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, era possível avistar uma roda animada de pessoas discutindo problemas do bairro dos Pimentas situado na periferia da cidade, na noite desta segunda-feira (22/8).

Entre os que participavam da conversa estava o eletricista Adauto Santos Mota, representante da Associação dos Moradores do Jardim Vermelhão. Frequentador dos debates públicos, Adauto manifestava confiança no atendimento por parte autoridades público às demandas dos moradores da região. “Eu Já disse há vários companheiros, nós temos que participar, foi assim que conseguimos asfalto, iluminação e outras memórias para o nosso bairro.”    

O debate foi aberto pelo vice- presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Assembleia Legislativa, deputado Luiz Claudio Marcolino, que estava acompanhado pelos petistas Alencar Santana, Donisete Braga, José Candido e Simão Pedro, além do deputado Major Olímpio (PDT) e do vereador Paulo Sergio Rodrigues.

As discussões foram precedidas por Marcolino, que destacou a importância da reunião no processo de constituição da elaboração da peça orçamentária. A seguir Alencar Santana elencou as principais demandas dos moradores da cidade de Guarulhos e demais municípios do Alto Tietê. “Apesar de sua importância para a economia do Estado e de sua forte vocação industrial e de serviços Guarulhos não tem Metrô, para integrá-la à capital e não dispõem também de Universidade Pública Estadual, voltada principalmente para a área da saúde e escolas técnicas”, apontou 

Outras necessidades como aumento do efetivo policial, constituição de Batalhão de Corpo de Bombeiros, também foram mencionadas pelo parlamentar.

O enfrentamento do crack foi foco das colocações de Donisete Braga, que lidera a Frente Parlamentar de combate ao crack.Na ocasião Donisete citou pesquisa que tem realizado junto as prefeituras as regiões metropolitanas. “Nós ouvimos cerca de 330 cidades e vamos cruzar os dados que serão usados como base para a apresentação de emendas voltadas à elaboração de políticas públicas de enfrentamento ao uso de drogas e ao crack” .

O tema foi recorrente nas manifestações de vários representantes que usaram o microfone para registrar suas cobranças e sugestões. Estudantes, conselheiros do OP municipal (Orçamento Participativo), vereadores, destacaram a necessidade de aumento de efetivo policial nas rodas escolares como meio de coibir o tráfico e a violências nas imediações das escolas públicas estaduais.

Os problemas da educação e da saúde configuraram a fala de Simão Pedro, presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia. “Nós sabemos que o governo de São Paulo, não tem investidos os percentuais constitucionais na saúde, e na educação também tem deixado de gastar os recursos na alimentação escolar e deixado mais esta demanda às prefeituras.

A falta de atenção do Estado com o município foi descrito pelo vereador Paulo Sergio Rodrigues, que mencionou repasse de recurso estadual á vários municípios no último ano de montantes que variavam de R$ 100 milhões à R$ 600 milhões, enquanto Guarulhos recebeu apenas R$ 18 milhões. Para o vereador Romulo esta situação pode ser caracterizada como embarco político.

A ausência do Estado e inclusive de deputados do PSDB na audiência também foi cobrada pelo vereador do PSDB Eduardo kamei. “Há tempos a nossa cidade espera que o Estado construa Escola Técnica e um parque tecnológico.  Espero que estas promessas saiam do papel” cobrou.

Na mesma linha ponderou o deputado José Candido, que falou sobre as necessidades da população do Alto Tietê. ”Estamos aqui reunidos em defesa dos interesses coletivos, nossa região carece de equipamentos de saúde, habitação, saúde, colocou.

O secretario municipal de transportes Atílo Pereira, lembrou que entre as cidades de São Paulo e Guarulhos transitam cerca de 200 mil pessoas por dia e, no entanto, a cidade não conta com Metrô e nem com o Bilhete Único Metropolitano. “Nós constituímos aqui uma plataforma que implantar este sistema dependemos apenas da vontade política do governador Geraldo Alckmin,” ressaltou        

Todas estas questões que permearam os questionamentos e as cobranças da participação do Estado no atendimento às necessidades da população, serão apresentadas à Co missão de Finanças e Orçamento, informou Marcolino aos participantes ao final das discussões. 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *