
2011 e o duro golpe à reputação da Saúde Pública paulista
O deputado denuncia a má vontade e falta de interesse do Estado no caso do CHS
Em junho de 2011 Hipócrates deixou de ser referência apenas ao juramento feito pelos médicos e passou a ser marca de uma operação policial iniciada em Sorocaba. 2011 foi o ano em que Sorocaba ficou marcada por ter sido palco de um dos mais duros golpes à reputação da Saúde Pública Paulista. O deputado Hamilton Pereira refere-se ao caso de fraudes em licitações e plantões médicos do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), em que o Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra 48 pessoas por crimes de formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica, fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva e homicídio.
Entre 2009 e 2011, pelo menos 65.430 pessoas deixaram de ser atendidas no CHS por falta de profissionais que recebiam para cumprir plantões e estavam ausentes. Os dois tipos de irregularidades (plantões e licitações) representaram um prejuízo aos cofres públicos de aproximadamente R$ 20 milhões.
Os deputados do PT estão debruçados sobre os problemas do CHS há pelo menos dez anos, sempre buscando a intermediação e o diálogo com o Poder Executivo. A necessidade de interferência da Polícia sobre esse caso foi um tapa na cara da sociedade, porque comprovou a má vontade e total falta de interesse do Poder Executivo em buscar uma solução para o CHS chegando, de certa forma, a ser conivente com essa situação. Vale lembrar que entre os denunciados está o ex-secretário de Esportes do Estado, Jorge Pagura, ainda secretário de Geraldo Alckmin quando deflagrada a Operação Hipócrates.