Direitos Humanos
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa realiza, na próxima terça-feira (27/10), Ato Público em memória aos 30 anos do assassinato de Santo Dias. Organizado pelo Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo e pela Liderança do PT na Assembleia Legislativa, o Ato celebra os 30 anos da Lei da Anistia, assinada em agosto de 1979, e será também um momento de denúncia da criminalização dos movimentos sociais.
Militante da Pastoral Operária, Santo Dias da Silva foi morto pela PM, com um tiro pelas costas, durante uma greve de trabalhadores da Fábrica Sylvania, localizada na zona sul da capital. O operário estava apenas distribuindo panfletos durante uma greve e sua morte causou imensa revolta e tornou-se um símbolo da luta operária contra a desigualdade.
Santo Dias é considerado uma das últimas vítimas da repressão do golpe militar no País, que institucionalizou a tortura, a censura e o desaparecimento de corpos de cidadãos considerados inimigos do regime. Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o crime de tortura é imprescritível. Mesmo assim, a prisão para torturadores, indenizações para os perseguidos, exilados, torturados e para as famílias dos desaparecidos políticos ainda provoca polêmicas.
A luta dos movimentos sociais continua sendo criminalizada por alguns setores da mídia, da sociedade e do Poder Público. Os exemplos de repressão contra os mais pobres proliferam: são reintegrações de posse violentas, Tropa de Choque contra moradores de favela e manifestações populares, ameaças contra grevistas, presos que já cumpriram pena encarcerados sem direito à Defensoria.
Infelizmente, a fala de Dom Paulo Evaristo Arns na missa de corpo presente de Santo Dias, realizada no dia 31 de outubro de 1979, continua atual: “Quase nada está certo nesta cidade, enquanto houver duas medidas: uma para o patrão, outra para o operário.”.
Conheça as entidades que participarão do Ato Santo Dias – 30 anos do assassinato, no dia 27 de outubro, ás 18h30, no Auditório Franco Montoro.
Comissão de Direitos Humanos Alesp, CUT, Pastoral Operária Metropolitana de São Paulo, Condepe, União dos Movimentos de Moradia, Central de Movimentos Populares CMP, Marcha Mundial das Mulheres, MST, Comissão de Justiça e Paz, Fórum Permanentes e Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo, Cáritas Arquidioceasana, Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Campinas, Grupo Tortura Nunca Mais São Paulo, Centro de Direitos Humanos de Sapopemba, Movimento Nacional de Direitos Humanos – Regional SP, IIEP e Projeto memória da OSMSP, CEEP, Liderança do PSOL, Liderança do PCdoB, Liderança da Minoria, PSTU