Enchentes
Depois de dez anos de estudos e testes avaliados em R$ 80 milhões, o projeto de despoluição do rio Pinheiros está novamente parado.
O estudo de impacto ambiental que deveria ficar pronto no ano passado com a resposta se a flotação, sistema escolhido para tratar a água do rio, funciona ou não está atrasado, e atualmente paralisado. O desperdício de tempo e de dinheiro rende consequências graves, especialmente na época de chuvas.
“A relação é direta. Se a despoluição do rio estivesse em andamento, o leito estaria mais baixo e não encheria tão rápido durante uma tempestade. Estima-se que a carga de poluição nas águas do Pinheiros e do Tietê chega hoje a 30%. Essa sujeira toda precisa sair de lá”, diz Maurício Waldman, consultor em recursos hídricos.
A Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) disse que busca um entendimento com a Promotoria. Segundo a empresa, o processo está parado porque o MP exigiu dados adicionais que alteraram a contratação do serviço. “A previsão era a de que o estudo acabaria em 2010. Perdemos alguns meses por essa indefinição”, afirmou o diretor Antonio Bolognesi.
A polêmica entorno dos testes, segundo o diretor, revela um “problema de interpretação” relacionado aos parâmetros de qualidade necessários para o lançamento de efluentes em corpos d’água. Para a Emae, os resultados são satisfatórios. Para a Promotoria, não.
*com informações do jornal Agora S. Paulo (9/3/2011)