Insegurança Pública

Entidades que representam os policiais civis de São Paulo relembram nesta sexta-feira um ano do confronto no Palácio dos Bandeirantes. A categoria protesta contra os baixos salários e as más condições de trabalho, exatamente um ano após o enfrentamento entre as polícias civil e militar, em frente ao palácio do Governo.

No dia 16 de outubro de 2008, a PM recebeu ordens do governo estadual de impedir a chegada de uma passeata de policiais civis ao Palácio dos Bandeirantes. O resultado foi um confronto, que deixou vítimas dos dois lados, e a população ainda mais abandonada à violência.

“A forma violenta com que fomos recebidos e confrontados durante a caminhada do Palácio dos Bandeirantes não foi suficiente para que arredássemos pé de nossos intuitos. Ao revés, serviu para dar maior consistência à iniciativa”, relembra o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, Sérgio Marcos Roque.

O então líder da Bancada do PT, deputado Roberto Felício, foi ao Palácio dos Bandeirantes, junto com a Comissão de Negociação da categoria, buscar o diálogo com o governador e seus interlocutores para resolver o impasse.

Um ano depois, as manchetes dos principais jornais do País sobre a segurança pública no Estado de São Paulo não deixam dúvida sobre os problemas e equívocos do Governo Serra nesta área.

Veja alguns exemplos:

– Roubos com morte neste ano superam o total de 2008

– 30 DPs vão fazer BO à noite

– Espera por BO leva 3h na maioria dos DPs

– Longa espera, maus modos e desconforto nas delegacias

– DPs recusam registro de crime menor

– Droga e tráfico na Praça da Sé

– Três a cada 4 vítimas que reagem a assalto levam a pior

– Idosa morre após ser torturada em assalto

– Enquanto vê crime crescer, Ibirapuera perde GCMs

– Quadrilhas organizadas atacam uma residência a cada três dias em São Paulo

– Heliópolis vira praça de guerra após assassinato de estudante

– Só 6 dos 32 roubos a condomínios neste ano foram elucidados