A Comissão de Representação da Assembléia Legislativa instituída para acompanhar as investigações do desmoronamento das Obras do Metrô, se reuniu em 1/02 e, teve calorosas discussões entre governistas e oposição por conta das manobras de obstrução para impedir a participação do Legislativo, na aferição das causas e responsabilidades.
Logo no início dos trabalhos o presidente da Comissão de Transportes, Waldomiro Lopes (PSB) informou a resposta do Metrô, quanto ao depoimento dos funcionários da Companhia, à Comissão de Representação. Segundo Lopes o gerente de construção da linha 4, Marco Antonio Buoncompagno, responsável pela fiscalização da obra e investigado pelo Ministério Público, se comprometeu a vir na próxima terça-feira, dia 06/02.
Outra informação anunciada por Waldomiro foi que o engenheiro Cyro Mourão, responsável pelo relatório em que as empreiteiras sabiam da instabilidade do terreno, também convidado para depor na Assembléia informou que amanhã (02-02) vai depor na Polícia e em seguida entrará de licença saúde. A Alegação é a de que ele estaria abalado com as tensões provocadas pelo desabamento do Metrô. A seguir, Lopes sugeriu que o convidado fosse ouvido após 15 dias, no termino de sua licença.
Esta informação e a proposta do deputado provocou indignação na bancada do PT, que estava representada pelos deputados Sebastião Arcanjo- Tiãozinho (presidente da Comissão de Serviços e Obras), Adriano Diogo, Mário Reali, José Zico Prado e Vicente Candido.
O deputado Sebastião Arcanjo disse que o Metrô não cumpriu nenhum acordo firmado com a Comissão de Representação. O presidente não compareceu na audiência da Comissão, como havia se comprometido, não encaminhou os documentos e agora seu funcionário quer estabelecer dia em que vai adoecer e quanto virá se apresentar ao Legislativo.
Na tentativa de amenizar os ânimos Waldomiro Lopes chegou a mencionar um representante do Consórcio da Linha 4, que estaria disposto a ir à Comissão na quarta- feira, dia 7/02. A proposta também não foi acatada e ao final ficou definido que a reunião não tinha quorum e que a Comissão de Serviços e Obras não teria o que ratificar, como havia sido acordado.
Para a bancada petista, a população exige explicações do Metrô e do governo tucano sobre o grave acidente na obra do Metrô que matou sete pessoas. Segundo Tiãozinho, o líder do PT, Enio Tatto deve cobrar do presidente da Alesp, Rodrigo Garcia (PFL) o restabelecimento da autoridade parlamentar.