Mapa das injustiças socioambientais será apresentado na Assembleia

26/04/2010 14:26:00

Novo site

Lançamento do site que mapeia casos de injustiça social no Brasil contará com representantes que explicarão seu funcionamento

Na quarta-feira, 28 de abril, o auditório do prédio anexo da Assembleia Legislativa sediará a apresentação do site que mapeia 300 conflitos de injustiça social e ambiental no Brasil. O projeto, desenvolvido pela Fiocruz e pela Fase, com o apoio do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, pretende mapear os estados brasileiros e assim dar visibilidade às regiões, muitas vezes longínquas e costeiras, onde são praticadas as injustiças.

A abertura do evento está prevista às 14h com a exposição do deputado estadual Marcos Martins falando sobre a relevância política do site de mapeamento de injustiça socioambiental do Brasil. Em seguida, a representante da ONG Fase, Fátima Mello, fala sobre órgão e o Mapa. Às 14h40, Marcelo Firpo apresenta o Mapa, a Fiocruz e a RBJA (Rede Brasileira de Justiça Ambiental); às 15h Tânia Pacheco fala sobre o Mapa como instrumento de luta para os movimentos sociais e ambientais. Às 15h30 Fernanda Giannasi explica as possibilidades oferecidas pelo Mapa. A tribuna livre acontece às 16h e o encerramento às 17h30.

No site que será apresentado (http://www.conflitoambiental.icict.fiocruz.br/) pode-se mapear as áreas onde vivem vítimas de maltrato. Basta escolher um tema específico (como ‘amianto’, ‘exploração’, etc.) ou um estado/região e digitar na lacuna do site para que sejam apontadas as injustiças que acometem os habitantes daquele lugar, além de informações detalhadas sobre cada caso.

O site trabalha há um ano e meio e segundo Marcelo Firpo, coordenador do projeto e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), apesar do projeto não cobrir todos os casos, reflete uma parcela importante das ocorrências. Só em São Paulo o site lista 30 casos, como o das 30.000 pessoas da Vila Carioca, região sul de São Paulo, expostas às substâncias cancerígenas liberadas em sua água e solo devido a um estocamento malfeito de uma das unidades do posto de combustíveis Shell.

Segundo os realizadores do Mapa de Injustiça Social, o projeto é de interesse a quem pretende uma sociedade socialmente justa e ambientalmente sustentável.

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