Atropelo
Comerciantes da região de Santo Amaro tiveram frustrada a expectativa de realização de uma Audiência Pública para discutir desapropriações do Metrô, em reunião da Comissão de Transporte e Comunicação da Assembléia Legislativa de São Paulo, nesta terça-feira 7/6.
Após exposição de diretor do Metrô,
Segundo o deputado do PT Antonio Mentor, há um requerimento de autoria do deputado Enio Tatto (PT) para a realização da Audiência Pública que discutiria o problema dos comerciantes de Santo Amaro, que serão desalojados em função das obras. Mentor lembrou que o requerimento já deveria ter sido discutido na reunião passada, porém, pra falta de quórum a reunião foi cancelada.O petista pediu à aprovação imediata do requerimento de Tatto a fim de permitir conclusões de consenso entre população e Metrô.
O diretor do Metrô lembrou que a instalação da Estação Adolfo Pinheiro irá favorecer sete milhões de pessoas por ano, disse que a Lei de Desapropriação silencia com relação a locatários, principal motivo do conflito local. Segundo Avelleda características técnicas, principalmente a exigência de áreas para suporte ao método shield de construção de túneis cria a demanda de grandes desapropriações. Avelleda esclareceu o critério para escolha do local com o argumento do desenvolvimento em potencial das áreas onde há instalação de estações do Metrô. Portanto, de nada adianta uma estação em área residencial, já que o Metrô aumenta o fluxo significativamente, justificou Avelleda.
Enio Tatto disse é necessário uma postura mais democrática do Metrô. O deputado petista acredita que pode haver alternativas técnicas que causem menor desconforto à população. Porém, excedendo alternativas faltou a busca de conversa a fim de se buscar melhor consenso.
A reunião da Comissão terminou com um pedido de vistas ao requerimento com o pedido da Audiência, pelo deputado da base governista, João Caramez- do PSDB.
O deputado Enio Tatto fez em plenário um apelo para que na próxima reunião delibere sobre a realização da Audiência, para o debate entre a população, comerciantes e diretores do Metrô.