Nomeação tucana
Um dia após anunciar oficialmente, em 4 de abril, José Kalil Neto como novo presidente do Metrô de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin disse que a nomeação do economista não é definitiva. “Ele vai responder pelo Metrô até a nomeação do novo presidente. Anunciaremos um novo nome depois da Páscoa”, disse. “Mas nós vamos verificar com muito cuidado antes de qualquer nomeação.”
A mudança de posição do governo ocorreu depois de que foi revelado pela imprensa que Kalil Neto tem problemas com a Justiça: ele foi condenado em primeira instância por improbidade administrativa quando era diretor da estatal Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), em 2007.
O documento apresentado pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra Kalil e outros quatro diretores da companhia denunciava a contratação sem licitação de um escritório de advocacia que daria suporte jurídico à Dersa durante a execução das obras do Rodoanel Mário Covas.
O processo, da 9.ª Vara da Fazenda Pública, começou em 1993 e a condenação não foi cumprida por causa de um recurso apresentado pelos condenados. O recurso ainda não foi julgado.
Além da Dersa e do Metrô, Kalil Neto trabalhou na Secretaria de Estado dos Transportes e no Departamento de Estradas de Rodagem (DER). É funcionário do Estado desde 1977.
Sobre a condenação por improbidade de um funcionário do governo, Alckmin disse que vai “verificar com cuidado”.
Questões judiciais envolvem ex-presidente
Sérgio Avelleda, ex-presidente do Metrô, deixou o cargo em um ambiente de tensão – e também envolvido em questões judiciais. Em novembro, ele chegou a ser afastado por dez dias da presidência por suspeita de fraude na licitação da Linha 5-Lilás.
Avelleda vai para a Estação da Luz Participações (EDLP), empresa do setor de logística e transporte de cargas sobre trilhos, que tem dois projetos que dependem de parcerias e autorizações do poder público.
*com informações de O Estado de S. Paulo