Superlotação
O Centro de Controle Operacional do Metrô está redirecionando trens nos horários de superlotação. Para os usuários, isso significa, eventualmente, ter que desembarcar no meio da viagem para que o trem seja manobrado na direção com maior número de passageiros.
Repórteres do Jornal O Estado de São Paulo acompanharam a manobra na última segunda-feira (04/04). Em 40 minutos, quatro trens tiveram de ser redirecionados na Linha 1-Azul para dar vazão à grande demanda de passageiros na Estação Sé. No pico da tarde, na Estação Barra Funda, para cada trem que sai cheio, o seguinte, batizado pelos usuários de “trem fantasma”, parte vazio, relata a repórter Luíza Alcaíde.
Os passageiros que são obrigados a descer no meio do caminho aguardam na plataforma os próximos trens. Além da alteração do trajeto, o Metrô desliga escadas rolantes e limita o acesso às catracas, para não superlotar ainda mais as plataformas. A estratégia tornou-se frequente depois que o Metrô atingiu a marca de 3,7 milhões de passageiros por dia.
O diretor de Operações do Metrô, Mário Fiorati, disse que a Companhia opera no limite técnico das margens de segurança.
Para minimizar o problema, o próprio governador Geraldo Alckmin admitiu, na inauguração da Estação Butantã, no dia 28 de março, que o Metrô deveria ter o dobro do tamanho atual.