Mobilização

Representantes de vários movimentos sociais, em reunião com os deputados da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, decidiram apoiar o pedido da CPI Comissão Parlamentar de Inquérito – sobre as emendas parlamentares. O objetivo é que a investigação esclareça as denúncias e dê uma resposta efetiva a toda a sociedade paulista. Para isso, ficou decidido que deverá ser realizado um grande ato, nos próximos dias, para sensibilizar os deputados da base governista a assinarem o pedido da CPI e, também, a oportunidade de informar à população sobre a necessidade da apuração dos fatos e a quem interessa não investigar.
Até o momento, o que vemos é uma operação abafa, comandada pelo governo do Estado, para impedir a fiscalização aqui na Assembleia. Isto porque, o governo tucano é quem mais deve explicações, afinal é o Executivo quem encaminha as emendas para os convênios e é o responsável pela sua fiscalização, esclareceu o líder da Bancada, deputado Enio Tatto.
Para que o pedido de CPI seja protocolado são necessárias 32 assinaturas e, até agora, o PT só conseguiu 29 assinaturas – todos os 24 deputados do PT e os deputados Major Olímpio, Carlos Giannazi, Pedro Bigardi, Leci Brandão e Afonso Lobato.
Para o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, esta situação não pode ser tratada como mais uma e é a grande oportunidade de se fazer uma mobilização organizada, porque a bandeira da ética e do combate à corrupção também é dos movimentos sociais.
Há corrupção no governo do Estado e os verdadeiros culpados precisam ser apontados, ressaltou Wellington Diniz, secretário de Movimentos Populares do PT Estadual.
O deputado Edinho Silva, que também é presidente do Diretório Estadual do PT, justificou a necessidade da CPI porque a “Assembleia é um poder com capacidade e legitimidade para investigar”.
A reunião ocorreu nesta quinta-feira (13/10) e contou com a participação de representantes de movimentos de moradia, educação, mulheres, negro; setoriais e diretórios municipais do PT; além de entidades sindicais.