No TJ-SP, deputada busca saída pacífica para ocupação da Alesp

04/05/2016

CPI da Merenda

A deputada estadual Beth Sahão esteve no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), na tarde desta quarta-feira (4/5), onde se reuniu com o juiz Sérgio Serrano Nunes, da 1ª Vara da Fazenda Pública. Ele está encarregado de julgar o pedido de reintegração de posse apresentado pela presidência da Assembleia Legislativa (Alesp) contra os estudantes secundaristas que ocupam o plenário principal da Casa, desde a tarde de terça-feira (3/5).

Ao iniciar a conversa, a deputada frisou que sua presença no TJ-SP não tinha por objetivo influenciar a decisão do magistrado, mas sim colocá-lo a par da situação existente na Alesp. A parlamentar ressaltou, também, que sua preocupação principal é com a integridade dos garotos e garotas que participam da ocupação. “Os ânimos estão acirrados e temos de tomar o máximo de cuidado para evitar que a as coisas descambem para a violência”, diz Beth.

No diálogo com o juiz, a deputada deixou claro que, seu objetivo maior é ajudar na busca por uma solução pacífica para a ocupação da Alesp, realizada por estudantes que cobram a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de desvios de recursos da merenda escolar, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Para que isso ocorra, são necessárias 32 assinaturas. Até o momento, a oposição conseguiu coletar 25, incluindo a de Beth, que vem liderando o esforço para que a investigação ocorra na Casa.

A ocupação da Alesp foi o modo encontrado pelos estudantes para pressionar os deputados da base governista a assinarem o pedido de CPI da Merenda. “Na reunião com o juiz, expliquei a ele meu temor em relação a uma reintegração de posse, que poderia acirrar ainda mais os ânimos e gerar um conflito que colocaria em risco as vidas daqueles jovens”, afirma Beth, que, na ocasião, representava a Bancada do PT na Alesp.

Ela atentou, em sua fala, para o fato de que boa parte dos manifestantes na ocupação da Alesp tem menos de 18 anos, algo que torna a situação ainda mais delicada, requerendo cuidados redobrados por parte das autoridades. “Temos de pensar no bem-estar e na integridade das pessoas, em primeiro lugar. Só teremos a perder se a com um eventual conflito”, finaliza Beth, que realizaria outras conversas no TJ-SP, à procura de uma saída pacífica para o imbróglio.

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