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Assembleia Legislativa faz novo levantamento sobre a situação do crack nos municípios paulistas
Um novo levantamento sobre a situação do crack e outras drogas nos municípios paulistas, com dados referentes ao ano de 2011, começou a ser realizado, no último dia 2, pelos deputados da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, da Assembleia Legislativa.
Desta vez enviamos às prefeituras um questionário mais amplo que o do ano passado. Agora buscamos informações sobre o número de dependentes químicos, os programas que os municípios adotaram para enfrentar o problema, se já contam com equipamentos públicos na área de saúde para tratar dependentes, entre outras questões, explica o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Donisete Braga.
Já está no ar o site www.mapadocrack.com.br. É através dele que os gestores públicos responderão o questionário. As 645 prefeituras do estado receberam senha individual alfanumérica de seis dígitos para acessar a página do questionário.
A realização do novo levantamento, segundo o coordenador, é o instrumento que os deputados da Frente adotaram para acompanhar as políticas públicas que os governos federal, estadual e municipais começaram a implementar no combate às drogas. O governo federal, por exemplo, liberou mais de R$ 500 milhões para o estado de São Paulo.
Conhecer a realidade é o primeiro passo; enriquece o debate e fortalece a estratégia em defesa de mais investimentos, acredita o deputado Donisete Braga. Segundo ele, o levantamento realizado no ano passado balizou as discussões do orçamento do estado para 2012.
O primeiro levantamento contou com a adesão de 325 municípios, que representavam 76% da população do estado. O trabalho comprovou a existência de uma epidemia do crack, afetando principalmente municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes. A maioria deles carentes de equipamentos de saúde e assistência social para enfrentar o avanço do crack.
O questionário
O questionário elaborado pela frente Parlamentar propõe às prefeituras responder questões como número de dependentes, inclusive menores de idade, atendidos no sistema público. Procura saber se as administrações possuem centros de atenção psicossocial, se criaram conselhos municipais antidrogas e se implantaram algum programa exclusive de combate ao crack em 2011.
Além disso, a Frente Parlamentar também procura saber se os municípios estão comprando vagas em comunidades terapêuticas para tratar os dependentes químicos e o montante de gastos que esta medida representa aos cofres municipais. Quer saber sobre os índices de recuperação nos tratamentos bem como as drogas mais presentes, entre outras questões. O sistema ainda permite que os gestores deixem sugestões de políticas públicas.