Sem investimento

Os governos tucanos não têm o menor compromisso com a Cultura e transferem toda a responsabilidade das ações culturais e dos acervos do Estado de São Paulo para os municípios, sem fazer os repasses financeiros correspondentes. Aliás, o orçamento da Secretaria da Cultura beira o vexatório, corresponde a apenas 0,70% do Orçamento Geral do Estado em 2010, R$ 897 milhões.
Não tendo o que destacar na área, os tucanos propagandeiam que apenas 35 municípios no Estado não têm bibliotecas, como se a Cultura se resumisse a esses equipamentos, esquecendo-se dos teatros, cinemas, centros de cultura, escolas de música, dança, museus, preservação do patrimônio histórico, artístico, arquitetônico, arqueológico e turístico, entre outros.
A precariedade dos equipamentos culturais está presente nos 645 municípios do Estado: 68% não possuem teatros ou casa de espetáculos; 65% não têm centro de cultura; 95% sem cineclubes; 71% das cidades n6ão têm nenhum órgão voltado para a preservação do patrimônio cultural e em 81% não existem grupos folclóricos.
Biblioteca não pode ser depósito de livros
Apesar do Estado contar com um número expressivo de bibliotecas é preciso avaliar as condições desses locais, uma vez que bibliotecas, tão importantes nas áreas cultural e educacional, não podem ser depósitos de livros. É preciso um espaço físico acolhedor, um acervo atualizado e organizado, com a constante aquisição de livros de qualidade; profissionais qualificados e capacitados; além do mais, nas cidades com maior número de habitantes são necessárias várias unidades.
As bibliotecas de São Paulo estão muito aquém destas condições e defasadas de todo tipo de recurso informacional, do papel ao equipamento eletrônico.