Nota zero
A nova configuração das escolas estaduais de São Paulo não agradou a maioria dos paulistanos, segundo o instituto de pesquisa Datafolha.
O governador Geraldo Alckmin determinou que 94 escolas fossem fechadas, obrigando cerca de 311 mil alunos a mudarem sua instituição de ensino a partir de 2016.
Cerca de 59% dos entrevistados desaprovam a medida. Do restante, 28% concordam, 3% são indiferente e 9% não souberam opinar.
Sobre o futuro e as consequências que a decisão trará, 62% dos participantes estão pessimistas e dizem que trará mais prejuízos do que benefícios aos estudantes.
A pesquisa ouviu 1.092 paulistanos e tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Indignação
Desde que as mudanças foram anunciadas, estudantes, pais e professores foram às ruas em uma série de protestos contra o governo do estado.
As escolas fechadas foram repassadas ao ensino municipal, e o estado ficou responsável por um total de 754 instituições.
O governador Geraldo Alckmin alega que essas mudanças foram realizadas para que existissem apenas escolas voltadas a um único ciclo de ensino — são eles os anos iniciais (1º ao 5º), finais (6º ao 9º) e ensino médio.
A partir da mudança, o objetivo é que em cada região com três escolas tenha uma para cada um dos ciclos. Segundo a Folha de S.Paulo, o governo alega que os alunos serão transferidos a escolas a, no máximo, 1,5 km de distância.