Petistas exigem CPI para investigar extorsão à facção criminosa PCC

06/05/2008 18:50:00

Segurança Pública

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O líder da Bancada do PT, deputado Roberto Felício, defendeu em Plenário, nesta terça-feira (6/5), a instalação de uma CPI para apurar as denúncias da ligação do Secretário Adjunto da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Lauro Malheiros Neto, com o investigador Augusto Peña, preso por suspeita de extorquir dinheiro de criminosos integrantes do PCC.

“É preciso que aquilo que a imprensa está denunciando seja investigado, porque é muito grave. Não queremos nenhum pré-julgamento, apenas cumprir o direito constitucional de investigar que a Assembléia Legislativa tem”, salientou Roberto Felício.

Rebatendo os pronunciamentos de deputados da bancada governista de que o assunto já estava sendo investigado pelo Ministério Público e pela Secretaria de Segurança Pública, o líder petista afirmou: “Se há várias investigações, é mais um motivo para também investigarmos e apurarmos a fundo, a fim de esclarecer de vez qualquer suspeita. O PT não tem fobia de investigação, nem fobia de CPI”.

A ex-mulher do investigador Augusto Peña, preso na semana passada por extorsão, Regina Célia Lemes de Carvalho, afirmou que é capaz de provar que o policial é bastante ligado a Malheiros Neto, cujo escritório de advocacia de sua família atuou em duas causas cíveis para Peña. Sem apresentar provas, ela disse que o investigador pagava ao secretário-adjunto para que ele o ajudasse na polícia.

O PT está colhendo assinaturas junto aos deputados para entrar com o pedido de CPI, porque “tendo em vista a gravidade dos fatos, é imprescindível que se faça a investigação e a fiscalização por intermédio dos poderes constitucionais pertinente às Comissões Parlamentares de Inquérito”, ressaltou o líder da Bancada petista.

Os petistas também enviam Requerimentos de Informações sobre o assunto para Casa Civil e à Secretaria de Segurança Pública.

Secretário pede demissão

Na tarde desta terça-feira (6/5), o secretário-adjunto, Lauro Malheiros Neto, entregou sua carta de demissão, que foi de imediata aceita pelo governador José Serra.

 

 

 

 

 

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