Onda de violência
Policiais militares de SP são suspeitos de integrar grupos de extermínio no Estado. Eles estariam se unindo para promover uma limpeza em determinadas regiões.
Na capital, cinco PMs são alvo de investigação pela Polícia Civil. Eles agiriam em bairros da zona leste e estariam assassinando usuários de drogas. A hipótese dos investigadores é que as mortes tenham sido cometidas para que o grupo assuma o comando dos pontos de venda de drogas na região.
Um dos crimes investigados é o assassinato do ex-motoboy Roberto Marcel Ramiro dos Santos. O atentado contra Santos foi na porta de sua casa, na Vila Invernada. Dezenove dias antes de ser assassinado, Santo e sua mãe foram ameaçados de morte por um policial militar do 21º Batalhão, onde atuam os cinco policiais sob investigação da Polícia Civil.
Ninjas da PM
As investigações sobre a série de 23 assassinatos que ocorreram mês passado na Baixada Santista também apontam para um grupo de extermínio formado por PMs. Os policiais teriam dado início à matança depois que um colega da Força Tática foi morto por traficantes em Vicente de Carvalho, no Guarujá.
Segundo testemunhas, os policiais que executaram as vítimas usavam motocicleta e capuz preto. Eles são conhecidos na região como Ninjas.
Acredita-se que o grupo planejava executar mais de 50 pessoas. O plano só não teria sido concretizado porque a Tropa de Choque foi chamada para reforçar o policiamento no litoral sul de São Paulo, uma semana após o início da onda de homicídios.
Até o momento, apenas um suspeito foi preso.
Fontes: Folha de S. Paulo e Jornal da Tarde