Greve
Começou nesta terça-feira (23/3), a greve dos Delegados de Polícia. A atitude foi tomada em decorrência do não atendimento às reivindicações da categoria, por parte do governo do Estado.
O movimento reivindicatório dos policiais teve início com uma operação de procedimentos padrão, que visa expor à sociedade a estrutura defasada da instituição. Os Delegados de Polícia trabalharão exercendo suas funções sem concessões, adotando os procedimentos sugeridos numa Cartilha. O objetivo da greve é a aprovação do Projeto de Reestruturação da Polícia Civil e havendo empecilho nesse sentido, a paralisação total da categoria não está descartada.
Caso os Delegados de Polícia tenham de adotar a paralisação total, como forma de reivindicação, o responsável será o governador. Está nas mãos dele. O Projeto é uma promessa desde a greve de 2008 e já foi amplamente discutido entre a categoria e a Secretaria de Segurança Pública. Não entendemos essa intransigência por parte do governo destaca Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da ADPESP.
A presidente da ADPESP apresentou os principais pontos do projeto que propõe a criação da Nova Polícia Civil do Estado de São Paulo. O projeto que pede prestação de serviço de melhor qualidade para a sociedade encontra-se com o governo. A categoria deu o prazo de 10 dias (a partir de 10/3) para o Governo sancioná-lo. Entretanto, como o prazo se esgotou no último sábado (20/3) sem nenhuma posição oficial, os Delegados de Polícia decidiram entrar em greve.
Não houve acordo e o governo nem sequer encaminhou o Projeto de reestruturação da Polícia Civil para Assembleia Legislativa, explica Marilda Pansonato Pinheiro.
Durante a paralisação os policiais farão operação padrão para demonstrar a morosidade do sistema atual e a necessidade de reestruturação. Serra se comprometeu em dar uma resposta até o final da tarde. Se não houver nenhuma posicionamento por parte do governo do estado a greve será intensificada.