Prédio de Tribunal abrigará Museu da Ditadura e sede da Comissão da Verdade

14/03/2013

Cidadania

O deputado Adriano Diogo, presidente da Comissão Estadual da Verdade, comemorou a decisão

O prédio amarelo e marrom de arquitetura eclética, que por 72 anos abrigou o Tribunal da Justiça Militar, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, zona sul de São Paulo, vai receber o Memorial dos Advogados de Presos Políticos e contra a Censura, além de funcionar como sede das Comissões Nacional e Estadual da Verdade.

Durante a Ditadura Militar, no local foram julgados o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a atual, Dilma Rousseff, além de ser palco de inúmeros episódios da história política brasileira. Há dois anos, o imóvel, que pertence à União, aguardava a definição de seu destino. Os moradores da Bela Vista pediam para que ele fosse transformado em uma Companhia da Polícia Militar. A Superintendência do Patrimônio da União chegou a oferecê-lo para a Guarda Civil Metropolitana.

No fim de fevereiro, o prédio chegou a ser invadido por movimentos sociais que cobravam uma definição sobre o destino do edifício. “Tivemos na sexta-feira uma reunião com o prefeito Fernando Haddad, que liberou o imóvel para ser cedido à Comissão da Verdade”, disse a superintendente do Patrimônio da União em São Paulo, Ana Lucia dos Anjos.

O deputado Adriano Diogo (PT), presidente da Comissão Estadual da Verdade, comemorou a decisão. “Agora só falta o prédio do DOI-Codi”, disse, em referência aos fundos do 36.° Distrito Policial, no Paraíso, zona sul, um dos centros da tortura durante a ditadura militar. A Comissão da Verdade também quer transformar o prédio em um museu, como já aconteceu com a antiga sede do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), próximo da Estação da Luz, no centro.

fonte: jornal O Estado de S. Paulo

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