Presidente da Alesp dá golpe para aprovar contas de Alckmin

22/12/2017

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O presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris, deu mais um golpe. Designou um relator especial para analisar as contas do governador de 2016 e colocou a matéria imediatamente em votação no plenário.

Macris ignorou as regras do regimento interno, convocando sessão no plenário para votar a matéria, mesmo sem ter ocorrido a conclusão da análise do relatório do deputado José Américo pela Comissão de Fiscalização e Controle.

No âmbito dessa comissão, o voto do deputado José Américo, contrário às contas, estava sendo lido e não chegou a ser votado. O presidente da Casa pediu, pessoalmente, a suspensão da sessão daquela comissão sob a alegação de haver expirado seu tempo regimental. Desse modo, Macris atropelou essa etapa, designou um relator especial e fez a matéria avançar para o plenário.

O líder do bancada do PT, deputado Alencar Santana Braga, apresentou questão de ordem argumentando que as contas não podem ter regime de urgência, pois já têm um rito especial.

“O prazo de discussão das contas ainda não havia sido completado na comissão. Porém, de forma ditatorial, o presidente da Alesp, na mão grande, dá um golpe, desrespeitando os deputados da oposição e todo o parlamento”, disse Santana.

A bancada vai contestar judicialmente esse massacre ao direito de oposição, à ética e aos bons costumes neste parlamento, acrescentou o líder do PT.

O deputado Enio Tatto disse que existe na Assembleia um aspirante a ditador, uma pessoa que interpreta o regimento ao seu sabor e está a serviço do governador. A pressa para votar as contas vem do Palácio dos Bandeirantes.

“Alertei, que o governador não tem preocupação com outros projetos em tramitação na casa, nem com o orçamento. Sua maior preocupação é a aprovação das contas do Estado de 2016. Por quê? Porque quem deve teme. Alckmin sabe que ficará encalacrado em sua candidatura à presidência com as contas rejeitadas. Terá de explicar obra por obra: rodoanel, Linha 5 do metro, obras do Tietê e outras”.

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