
O presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris, deu mais um golpe. Designou um relator especial para analisar as contas do governador de 2016 e colocou a matéria imediatamente em votação no plenário.
Macris ignorou as regras do regimento interno, convocando sessão no plenário para votar a matéria, mesmo sem ter ocorrido a conclusão da análise do relatório do deputado José Américo pela Comissão de Fiscalização e Controle.
No âmbito dessa comissão, o voto do deputado José Américo, contrário às contas, estava sendo lido e não chegou a ser votado. O presidente da Casa pediu, pessoalmente, a suspensão da sessão daquela comissão sob a alegação de haver expirado seu tempo regimental. Desse modo, Macris atropelou essa etapa, designou um relator especial e fez a matéria avançar para o plenário.
O líder do bancada do PT, deputado Alencar Santana Braga, apresentou questão de ordem argumentando que as contas não podem ter regime de urgência, pois já têm um rito especial.
O prazo de discussão das contas ainda não havia sido completado na comissão. Porém, de forma ditatorial, o presidente da Alesp, na mão grande, dá um golpe, desrespeitando os deputados da oposição e todo o parlamento, disse Santana.
A bancada vai contestar judicialmente esse massacre ao direito de oposição, à ética e aos bons costumes neste parlamento, acrescentou o líder do PT.
O deputado Enio Tatto disse que existe na Assembleia um aspirante a ditador, uma pessoa que interpreta o regimento ao seu sabor e está a serviço do governador. A pressa para votar as contas vem do Palácio dos Bandeirantes.
Alertei, que o governador não tem preocupação com outros projetos em tramitação na casa, nem com o orçamento. Sua maior preocupação é a aprovação das contas do Estado de 2016. Por quê? Porque quem deve teme. Alckmin sabe que ficará encalacrado em sua candidatura à presidência com as contas rejeitadas. Terá de explicar obra por obra: rodoanel, Linha 5 do metro, obras do Tietê e outras.