PT questiona

A Comissão de Transportes ouviu, nesta terça-feira (17/9), Joaquim Lopes da Silva Júnior, diretor-presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP).
Por iniciativa dos deputados Alencar Santana Braga e Gerson Bittencourt, Joaquim foi convidado para prestar esclarecimentos acerca dos reajustes das tarifas de ônibus definidos pela empresa, em virtude da diferença em relação aos índices definidos pelo Metrô e pela CPTM.
Também foi alvo de questionamento dos deputados petistas a variação tarifária entre as linhas administradas pela EMTU como, por exemplo, a linha de transporte do Corredor ABD (Santo André São Bernardo do Campo Diadema), que teve reajuste acima da média.
Após a exposição inicial do presidente da EMTU, o deputado Alencar lembrou das manifestações de junho, quando os governos ouviram as ruas. Planilhas não ouvem a população e essa exposição é só uma planilha. Quem olha, pensa que está correta, porque cada um tem sua justificativa, disse o deputado, que seguiu questionando os preços diferentes para linhas que rodam a mesma quilometragem em regiões distintas. Por que o Corredor ABD teve aumento superior se essa linha carrega mais passageiros?
Alencar ainda perguntou sobre o Bilhete Único Metropolitano. Em São Paulo, em apenas quatro anos, a ex-prefeita Marta Suplicy conseguiu fazer numa frota muito maior (a maior do mundo) do que a gerenciada pela EMTU e com muito mais passageiros (mais de nove milhões diariamente). Quanto enfim teremos em todas as regiões metropolitanas um bilhete com integração física e tarifária que garanta ao usuário modicidade na passagem?, questionou o deputado.
Obras atrasadas também estiveram na pauta da reunião, como o VLT de Santos, que estava previsto para entrar em operação até 2007, no PPA do governador Geraldo Alckmin 2004-2011 e, depois, foi prometido para até 2011, no PPA 2008-2011, do então governador José Serra. Só recentemente as obras foram licitadas, como disse a deputada Beth Sahão.
Os corredores de ônibus Guarulhos/ capital e Noroeste de Campinas foram cobrados por Gerson Bittencourt.
Joaquim Lopes argumentou que houve problemas nas licitações e nos licenciamentos das obras e lançou outros prazos para entrega das mesmas. Ele informou também sobre a primeira parceria do governo do Estado com o prefeito da capital, Fernando Haddad, na construção do Corredor Perimental Leste, situado na Jacu Pêssego, e elogiou a celeridade no acordo.
Quanto aos financiamentos das obras, o presidente da EMTU disse que já teve a liberação dos empréstimos do governo federal, aprovados pela Assembleia. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal já liberaram R$ 180 milhões para o VLT da Baixada, explicou.
Já sobre os subsídios para a gratuidade das tarifas dos ônibus intermunicipais, Lopes foi evasivo na resposta aos deputados.