corte ilegal
Procurador aponta que corte de ponto dos grevistas da USP é ilegal
Mais uma vez, a reitoria da USP não apresentou proposta de reajuste aos servidores da universidade e, desta vez a questão foi debatida na reunião ocorrida em 27/08, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), durante a audiência de conciliação com o Sindicato dos Trabalhadores (Sintusp).
Os trabalhadores pleiteiam índice 9,78%, mas tiveram os salários congelados pela reitoria e estão em greve há dois meses. A instituição alega que o orçamento já está todo comprometido. A questão mais polêmica na reunião foi o corte do ponto, dos grevistas.
O procurador do trabalho William Bedone ressaltou que a ausência de pagamento arbitrária por parte do empregador pode configurar crime, além de infração administrativa.
Representantes da USP informaram que haverá uma reunião do Conselho Universitário para discutir o reajuste salarial na próxima terça-feira (2). Outro encontro com o mesmo objetivo será realizado na quarta-feira (3) com o Conselho dos Reitores das Universidades Paulistas (Cruesp). Só depois destas reuniões é que poderá haver proposta de acordo, segundo a USP.
A greve de docentes e funcionários da universidade começou em 27 de maio e já é a mais longa dos últimos dez anos. As três categorias da USP reivindicam a derrubada do congelamento de salários proposto pelos reitores da USP, da Unesp e da Unicamp, que negociam com os sindicatos por meio do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp).
Desde 4 de agosto, os servidores protestam contra o desconto dos dias parados. Cerca de 300 grevistas fecharam a entrada da reitoria e bloquearam também o Centro de Práticas Esportivas, ao Departamento de Tecnologia e Informação, à Administração Central e à Prefeitura do Campus. Os restaurantes centrais e as três creches também foram fechados. No dia 5 de agosto, manifestantes acamparam no campus.(rm)
(com informações do Site G1)