Professores cobram valorização da categoria

30/10/2013

Audiência pública

Valorização dos trabalhadores da educação, violência nas escolas, falta de professores, descaso com os aposentados e má gestão foram questões centrais abordadas por deputados e representantes de entidades com o secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, em audiência pública realizada nesta quarta-feira (30/10), pela Comissão de Educação, presidida pelo deputado João Paulo Rillo.

Deputados e entidades denunciaram a falta de respeito com que são tratados os professores da categoria O, que sequer têm direito ao hospital do servidor público.

O secretário foi categórico: “professores categoria O têm que estudar e passar no concurso”. João Zafalão, do Conlutas, afirmou que essa categoria, com 50 mil profissionais, está sem direitos trabalhistas. “O concurso não respeita os anos de trabalho. O que transforma a Educação é a coletividade e não a meritocracia”, disse Zafalão.

A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, mais uma vez cobrou do secretário o cumprimento da jornada do piso, fundamental para a formação continuada dos professores. “Como está sub judice a favor do governo, que continue. Se fosse o contrário, haveria andamento”, protestou Maria Izabel.

A demora nos processos de aposentadoria foi levantada por Ariovaldo, do Conselho de Adminsitração do SP Prev. Segundo ele, o secretário já prometeu muitas datas para os sistemas da Educação e do SP Prev “conversarem”. “Enquanto esperávamos, as escolas seguraram processos e hoje há 6000 processos pendentes. Há 1500 servidores esperando aposentadoria há mais de um ano”, afirmou Ariovaldo. Ele ainda disse que a secretaria prometeu “emprestar” funcionários para o SP Prev e que foram apenas dois.

Para essa queixa, a resposta do secretário foi: “e eu fiz um favor. Não tenho obrigação de mandar funcionários para lá”.

A violência na escola foi denunciada por várias entidades que afirmaram que o governo do Estado não apresentada proposta para coibir ou prevenir essa violência.

Ainda houve denúncias de escolas de lata e de outras que recebem merenda enlatada, o que o secretário desmentiu.

Ao afirmar que essa administração foi a que mais valorizou os professores, o secretário foi vaiado pela plateia, que estava lotada.

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