Os deputados do PT citam no requerimento todos os envolvidos nas trocas de acusações. O ex-secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa e Saulo de Castro, secretário de Segurança Pública do Estado. Um dos fatos em questão é a descoberta de um telefone celular grampeado, na Secretaria da Administração Penitenciária. O aparelho servia Osvaldo Arcas, delegado de polícia, responsável pela interação entre a Secretaria de Administração Penitenciária e a Secretaria de Segurança Pública.
O secretário de Segurança, Saulo de Castro acusou o ex-secretário adjunto da Administração Penitenciária Clayton Nunes, que tinha a posse do celular, de transferi-lo para Arcas com o grampo.
Outro ponto foi o comentário de Antonio Ferreira Filho, atual secretário de Administração Penitenciária, ele afirma ter encontrado na secretaria o princípio de autoridade nos presídios esgarçado conforme noticiou o Jornal o Estado de S.Paulo nos dias 2 e 3 de julho.
O sistema de segurança pública do Estado de São Paulo está vivendo sob o terror gerado pelo crime organizado, depois de ataques às bases da polícia militar em março, o ataque à sociedade paulista em maio e agora o assassinato de agentes penitenciários. Na última semana, quatro agentes foram mortos nos ataques do crime organizado.
A bancada tucana na Assembléia novamente usou de manobras regimentais e pediu vistas aos requerimentos, como medida protelatória à vinda dos secretários. O líder do PT Enio Tatto condenou a atitude dos tucanos que inviabiliza todas as medidas que buscam esclarecimento das ações do governo.