Irregularidades tucanas

A indicação política para as diretorias regionais do Estado será questionada pela Bancada do PT na Assembléia Legislativa, por meio de requerimentos de informação aos secretários de Gestão Pública e de Educação do governo Serra.
Nesta semana, o jornal Folha de S. Paulo publicou matéria com a denúncia de favorecimento político na seleção dos candidatos às diretorias regionais de ensino do Estado.
O sistema de apadrinhamento dentro da gestão tucana ressurgiu no governo Alckmin e está revigorado na administração Serra. Segundo levantamento da reportagem, dos 91 cargos na rede pública estadual, 40 foram preenchidos por candidatos indicados por seus padrinhos políticos das mais diferentes graduação – deputados, prefeitos e dirigentes partidário.
Responsável pela implementação dos programas educacionais oficiais em todos os municípios do Estado, os diretores regionais encaminham as demandas das escolas de sua região, como compra de material, contratação de docentes, reformas nas unidades e definem questões referentes às vagas.
As diretorias regionais são uma das áreas estratégicas na política educacional e têm passado por situação crítica, com os resultados das baixas notas obtidas pelos estudantes paulistas nas avaliações pedagógicas aplicadas periodicamente.
O líder da Bancada do PT na Assembléia, deputado Roberto Felício, condenou a prática adotada pelo governo do PSDB de beneficiamento político.
Quando o governo usa como critério o interesse político para nomear estas pessoas, para gerenciar a educação e não leva em conta a competência e o compromisso profissional, o que temos é este vergonhoso resultado nas avaliações da qualidade do ensino paulista.
O governo anunciou a aplicação de prova de certificação para a contratação de dirigentes de ensino, mas admitiu a permanência da indicação.