Região Metropolitana tem perda de 25% da água tratada

13/04/2010 18:37:00

Sabesp

 

A Região Metropolitana de São Paulo tem perda de 25,8% do total da água tratada disponibilizada para o consumo da população pela Sabesp. A afirmação é do diretor metropolitano da empresa, Paulo Massato Yoshimoto, que representou o presidente, Gesner Oliveira, para prestação de informações na Comissão de Saúde e Higiene na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (13/4).

Com a presença apenas de deputados do PT (Fausto Figueira, presidente da Comissão, Martins Martins e Adriano Diogo) na parte destinada às perguntas, o diretor foi questionado sobre problemas de operação e gestão da Sabesp, principalmente no que se refere ao desabastecimento de água na Região Metropolitana de São Paulo, a baixa qualidade de água ofertada na Baixada Santista e questão da vazão dos reservatórios durante os últimos meses de dezembro e janeiro.

O deputado Marcos Martins quis saber o porquê da constante falta de água em vários bairros do município de Osasco. “A população chega a ficar até quatro dias sem água e há milhares de ordens de serviço em atraso. Como a empresa vai resolver isso?”, perguntou o deputado.

Martins questionou também quando serão trocados os tubos antigos da rede de água que ainda são de amianto (material que tem uso proibido em todo o Estado de São Paulo, por lei de sua autoria).

O representante da Sabesp confirmou os graves problemas de falta de água em Osasco, que segundo ele devem ser resolvidos com a construção de duas adutoras que estão em obras. Com relação a substituição dos tubos, Paulo Massato, disse que além do problema do uso do material impróprio, a tubulação antiga é uma das principais causas de perda de água por vazamentos. A perda de água chega a 27% na cidade de Osasco, índice maior que a média da Região Metropolitana (25,8%).

O petista Adriano Diogo quis saber se as enchentes nos meses de dezembro e janeiro em municípios vizinhos aos cinco reservatórios do Alto Tietê, poderiam ter sido provocadas pela vazão nestes reservatórios operados pela Sabesp. “O que houve? Os reservatórios foram mantidos cheios por meses e depois tiveram que ser abertos, provocando as enchentes?”, perguntou o parlamentar. Massato atribuiu a culpa somente ao excesso de chuvas no período.

Má qualidade da água

O presidente da Comissão de Saúde, Fausto Figueira, indagou sobre a má qualidade da água que a Sabesp fornece à Baixada Santista, que sempre apresenta altos índices de coliformes fecais. “O caso é tão grave que foi noticiado no início do ano, que o próprio Comando da Polícia Militar recomendou aos seus policiais que trabalham na Baixada Santista não beberem água da Sabesp”, explicou Fausto.

Massato disse que não tem muitos dados sobre a Baixada Santista, mas afirmou que a empresa está investindo em obras que provavelmente irão melhorar a qualidade da água para a região.

 

 

 

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