Sabesp
A Região Metropolitana de São Paulo tem perda de 25,8% do total da água tratada disponibilizada para o consumo da população pela Sabesp. A afirmação é do diretor metropolitano da empresa, Paulo Massato Yoshimoto, que representou o presidente, Gesner Oliveira, para prestação de informações na Comissão de Saúde e Higiene na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (13/4).
Com a presença apenas de deputados do PT (Fausto Figueira, presidente da Comissão, Martins Martins e Adriano Diogo) na parte destinada às perguntas, o diretor foi questionado sobre problemas de operação e gestão da Sabesp, principalmente no que se refere ao desabastecimento de água na Região Metropolitana de São Paulo, a baixa qualidade de água ofertada na Baixada Santista e questão da vazão dos reservatórios durante os últimos meses de dezembro e janeiro.
O deputado Marcos Martins quis saber o porquê da constante falta de água em vários bairros do município de Osasco. A população chega a ficar até quatro dias sem água e há milhares de ordens de serviço em atraso. Como a empresa vai resolver isso?, perguntou o deputado.
Martins questionou também quando serão trocados os tubos antigos da rede de água que ainda são de amianto (material que tem uso proibido em todo o Estado de São Paulo, por lei de sua autoria).
O representante da Sabesp confirmou os graves problemas de falta de água em Osasco, que segundo ele devem ser resolvidos com a construção de duas adutoras que estão em obras. Com relação a substituição dos tubos, Paulo Massato, disse que além do problema do uso do material impróprio, a tubulação antiga é uma das principais causas de perda de água por vazamentos. A perda de água chega a 27% na cidade de Osasco, índice maior que a média da Região Metropolitana (25,8%).
O petista Adriano Diogo quis saber se as enchentes nos meses de dezembro e janeiro em municípios vizinhos aos cinco reservatórios do Alto Tietê, poderiam ter sido provocadas pela vazão nestes reservatórios operados pela Sabesp. O que houve? Os reservatórios foram mantidos cheios por meses e depois tiveram que ser abertos, provocando as enchentes?, perguntou o parlamentar. Massato atribuiu a culpa somente ao excesso de chuvas no período.
Má qualidade da água
O presidente da Comissão de Saúde, Fausto Figueira, indagou sobre a má qualidade da água que a Sabesp fornece à Baixada Santista, que sempre apresenta altos índices de coliformes fecais. O caso é tão grave que foi noticiado no início do ano, que o próprio Comando da Polícia Militar recomendou aos seus policiais que trabalham na Baixada Santista não beberem água da Sabesp, explicou Fausto.
Massato disse que não tem muitos dados sobre a Baixada Santista, mas afirmou que a empresa está investindo em obras que provavelmente irão melhorar a qualidade da água para a região.