Crise da água
Contratos firmados sem licitação pela Sabesp, para realização de obras ultrapassam a quantia de R$ 160 milhões, são alvos de investigações do Ministério Público Estadual.
Segundo o promotor Otávio Garcia, do Patrimônio Público, o objetivo do inquérito é apurar se as obras sem licitação se tornaram emergenciais por falta de planejamento da companhia.
Recentemente a Sabesp assinou dois novos contratos sem licitação para fazer a interligação da represa de Billings e Taiaçupeba, na Grande São Paulo, no total de R$ 46,6 milhões.
Os contratos foram firmados com as empresas DP Barros Pavimentação e Construção Ltda, no valor de R$ 30,2 milhões, para a responsabilidade das obras aquáticas do projeto, e Jofege Pavimentações, com a cota de R$ 16,4 milhões, incumbida das obras terrestres. Ambas já tinham contrato com a Sabesp assinado em março de 2014 para executarem obras de captação do volume morto da Cantareira.
A interligação da represa é a principal aposta do governador Geraldo Alckmin para atravessar o período de seca (abril a setembro) sem precisar decretar o rodízio oficial no abastecimento.
A Sabesp alega que a lei 8.666, de 1993, prevê dispensa de licitação nos casos de emergência ou calamidade pública que possam comprometer segurança das pessoas.
Com informações do Jornal O Estado de S. Paulo