Sabesp gasta R$ 1,5 bi para economizar R$ 13 milhões

15/04/2014

Falta de água

A Sabesp informou à Rede Nossa São Paulo que gasta por ano R$ 300 milhões em reparos para conseguir evitar a perda de R$ 2,6 milhões em água. Assim, nos últimos cinco anos, a companhia gastou R$ 1,5 bilhão para acabar com desperdícios que totalizaram R$ 13 milhões. Esse número equivale à redução anual de 0,4 ponto porcentual de perdas.

O desperdício é avaliado em 623 bilhões de litros por ano. De acordo com a Sabesp, a maior parte das perdas ocorre nos ramais, que ligam os dutos às residências. Eles ficam enterrados, são muito antigos e difíceis de serem reparados.

O coordenador de projetos do Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), José Cezar Saad, explicou ao portal iG que custa muito caro efetuar os consertos. “Qualquer intervenção na rede de água, por ser subterrânea, tem um custo muito elevado, principalmente na capital paulista. É preciso parar o trânsito, mobilizar autarquias para fazer a intervenção, o que dispara os gastos.”

Na segunda-feira (14/4), o nível das represas do Sistema Cantareira estava em 12,1% de sua capacidade, estável em relação ao índice de domingo (13/4). No Sistema Alto Tietê, o volume armazenado subiu 0,4 ponto porcentual, estando em 36,1%.

Sabesp pede para economizar água, mas desperdiça

A Sabesp não tem controle sobre o produto que distribui. A companhia paulista responsável pelo abastecimento de água à população deixa ir pelo ralo, literalmente, 31,2% do volume que produz, segundo levantamento do jornal “O Estado de S. Paulo”, referente ao ano de 2013. A empresa vinha afirmando, oficialmente, que índice de perda é de 24% – o que já é um volume considerável.

O indicador se refere ao porcentual de água que é perdido no trajeto entre a represa onde é captada até a casa do consumidor. Segundo relatório da Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) – que fiscaliza a Sabesp -, o volume anual de água perdida aumentou em 85,7 bilhões de litros entre 2001 e 2013 – quantidade suficiente para abastecer uma cidade do porte de Campinas.

Segundo o especialista Rubem La Laina Porto, da Escola Politécnica da USP, “a maior parte das perdas ocorre nos ramais, que fazem a ligação dos dutos até as residências”, informou o professor ao jornal. “Eles (os ramais) ficam enterrados, são muito antigos e têm um diagnóstico e um reparo mais difícil”, acrescentou.

fonte: site Spressosp

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