Falta de água

As queixas de que a Sabesp tem cortado o fornecimento de água à noite, como uma espécie de rodízio camuflado no abastecimento, serão investigadas pela Arsesp (agência estadual de saneamento básico).
A decisão, em meio à crise hídrica do sistema Cantareira, foi tomada a partir de queixas de falta de água recebidas e da fiscalização da Arsesp.
A investigação partiu de reclamação de uma moradora de Itaquaquecetuba (Grande SP), mas a Arsesp vai apurar falhas na capital e na Grande São Paulo.
“Estamos começando a investigar essa questão, porque a Sabesp diz que não há racionamento, mas o que a gente ouve falar é que nas casas não está chegando água à noite”, diz o superintendente de Fiscalização de Saneamento Básico da Arsesp, Armando Yamada.
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Resposta
A Sabesp informou que a redução da pressão à noite pode ocorrer em áreas da Grande São Paulo como forma de evitar vazamentos, e é parte de política permanente da empresa.
A medida, diz a Sabesp, não é forma de racionamento nem tem relação com a seca nos reservatórios.
Segundo a Sabesp, casos de falta de água são momentâneos, para transferir água de outros sistemas para regiões antes abastecidas pelo Cantareira.
Racionamento informal
No plano oficial, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não quer se comprometer com um racionamento de água.
Em ano de eleição, uma medida impopular com essa seria sem dúvida ruim para ele.
Mas a população não tem nada com isso. Quer é saber se vai ter garantido o abastecimento de água em suas casas.
Para muita gente, os cortes já são uma realidade.
Reportagem do jornal Agora, em 18/3/14, relatava que municípios do oeste da região metropolitana, como Barueri, Cotia e Embu das Artes, além de oito bairros da capital, a maioria deles nas periferias, já viviam espécie de racionamento informal.
fonte: jornal Agora