Nono ano

Nenhuma escola estadual da Capital alcançou nota considerada adequada para o nono ano no Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado). Todas as escolas ficaram nos níveis básico e abaixo do básico.

Isso significa que os alunos chegam ao ensino médio com domínio “insuficiente” ou “mínimo”, dos conteúdos de classe. A pior situação ocorre na disciplina de ciências, na qual 76 das 629 escolas avaliadas -12% delas – apresentaram nível abaixo do básico. Em matemática foram 17 escolas e em português, 7.

No nono ano do ensino fundamental, os alunos deveriam saber de cor a fórmula utilizada para resolver equações do segundo grau. Mas ainda há estudantes que “suam” para realizar simples operações de divisões nas aulas de matemática.

Em nota, o secretário estadual da Educação. Herman Voorwald. afirmou que não há como dissociar a “variação negativa” da “necessidade de mais professores efetivos”.

Os resultados do Saresp, divulgados em março pelo Estado, mostraram que jovens que cursam o 3º ano do Ensino Médio têm conhecimento correspondente ao que aprendeu uma criança de 10 anos.

O Saresp avalia alunos do ensino fundamental e médio.  São medidas, basicamente, as habilidades da língua portuguesa e matemática estabelecidas a partir da Proposta Curricular do Estado de São Paulo. Há 14 anos esse sistema é aplicado na rede de ensino do Estado sem apresentar nenhuma melhora significativa. 

Números “trágicos” também nas escolas técnicas

As escolas técnicas estaduais que sempre estiveram nos primeiros lugares das avaliações do Saresp, este ano, sofreram um rebaixamento em sua avaliação.

A avaliação de Língua Portuguesa caiu de 329,2 para 316,8. Em Matemática foi de 340,7  para 322,5. Além disso, cresceu o número de alunos com rendimento insatisfatório. Em Português, de 4,4% (2009) para 9,1% em 2010.

Caiu também o número de alunos com rendimento no nível avançado: de 14,2% para 5,1%. Os alunos que terminaram o curso também apresentaram rendimento totalmente insuficiente: no ano anterior o percentual foi de 12,9%  e neste ano 19, 2%.

*foram utilizados informações do jornal Agora