Gestão Pública

Demissões de médicos e funcionários do Hospital do Servidor Público do Estado, somando 204 profissionais da saúde, ocorrida na última quinta-feira, foi objeto de debate entre secretário de Gestão Pública de São Paulo, Sidney Beraldo e deputados petistas em Audiência Pública na Assembléia Legislativa, nesta quarta-feira, 7/11.
Sidney Beraldo deixou a platéia sem resposta concreta sobre a solução para as demissões ocorridas no Hospital do Servidor Público. Para os deputados do PT trata-se de estratégia definida do governo tucano de sucatear os aparelhos públicos do Estado com o objetivo de privatizar. O funcionalismo público é um empecilho no projeto de desmonte da máquina pública.
O secretário de Gestão Pública ficou sem argumentos ao ser pressionado pelo deputado Enio Tatto (PT) sobre a inversão de investimentos no funcionalismo em 40,29% em relação ao crescimento do Orçamento, chegando ao índice mais baixo dos últimos anos.
O parlamentar petista disse haver uma tendência de desmonte da máquina pública e crescente terceirização de serviços do Estado. Segundo Tatto as demissões dos profissionais da saúde do Hospital dos Servidores Públicos refletem esse jeito de governar do PSDB.
Com o argumento de que os números não batiam o secretário questionou os percentuais destacados por Tatto , disse que o Iamsp Instituto de Assistência Técnica ao Servidor Público Estadual, responsável pelo Hospital do Servidor Público, tem um orçamento de R$ 410 milhões para 2007 no entanto, passa por endividamento crescente a cada ano.
Os deputados petistas Roberto Felício e Adriano Diogo insistiram sobre a possibilidade de reversão das demissões ocorridas no Hospital do Servidor Público Estadual, Beraldo alegou tratar-se de determinação da Corregedoria Geral e da Procuradoria Geral do Estado. Segundo Beraldo são funcionários aposentados e recontratados, logo estariam em situação irregular.
O secretário foi questionado ainda por médicos presentes no evento, Beraldo anunciou a criação de novos cargos no governo com vencimentos de até R$ 8 mil, os médicos têm um salário base de R$ 1 mil.
Foram demitidos 64 médicos, 24 técnicos de laboratórios, 8 enfermeiros, 9 atendentes e 9 auxiliares de enfermagem. Funcionários presentes na Audiência disseram que o Pronto Socorro do Hospital dos Servidores Públicos funcionou sem médico titular no último sábado.