Secretário de Gestão Pública do governo não explica demissões de médicos

09/11/2007 12:21:00

Gestão Pública

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Demissões de médicos e funcionários do Hospital do Servidor Público do Estado, somando 204 profissionais da saúde, ocorrida na última quinta-feira, foi objeto de debate entre secretário de Gestão Pública de São Paulo, Sidney Beraldo e deputados petistas em Audiência Pública na Assembléia Legislativa, nesta quarta-feira, 7/11.

Sidney Beraldo deixou a platéia sem resposta concreta sobre a solução para as demissões ocorridas no Hospital do Servidor Público. Para os deputados do PT trata-se de estratégia definida do governo tucano de “sucatear os aparelhos públicos do Estado com o objetivo de privatizar”. O funcionalismo público é um ‘empecilho’ no projeto de desmonte da máquina pública.

O secretário de Gestão Pública ficou sem argumentos ao ser pressionado pelo deputado Enio Tatto (PT) sobre a inversão de investimentos no funcionalismo em 40,29%  em relação ao crescimento do Orçamento, chegando ao índice mais baixo dos últimos anos.

O parlamentar petista disse “haver uma tendência de desmonte da máquina pública e crescente terceirização de serviços do Estado”. Segundo Tatto as demissões dos profissionais da saúde do Hospital dos Servidores Públicos refletem esse “jeito de governar do PSDB”.

Com o argumento de que “os números não batiam” o secretário questionou os percentuais destacados por Tatto , disse que o Iamsp – Instituto de Assistência Técnica ao Servidor Público Estadual, responsável pelo Hospital do Servidor Público, tem um orçamento de R$ 410 milhões para 2007 no entanto, passa por endividamento crescente a cada ano.

Os deputados petistas Roberto Felício e Adriano Diogo insistiram sobre a possibilidade de reversão das demissões ocorridas no Hospital do Servidor Público Estadual, Beraldo alegou tratar-se de determinação da Corregedoria Geral e da Procuradoria Geral do Estado. Segundo Beraldo são funcionários aposentados e recontratados, logo estariam em situação irregular.

O secretário foi questionado ainda por médicos presentes no evento, Beraldo anunciou a criação de novos cargos no governo com vencimentos de até R$ 8 mil, os médicos têm um salário base de R$ 1 mil.

Foram demitidos 64 médicos, 24 técnicos de laboratórios, 8 enfermeiros, 9 atendentes e 9 auxiliares de enfermagem. Funcionários presentes na Audiência disseram que o Pronto Socorro do Hospital dos Servidores Públicos funcionou sem médico titular no último sábado.

 

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