Audiência pública
A Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa, da qual fazem parte os deputados do PT Luiz Claudio Marcolino, Simão Pedro e Enio Tatto, dá prosseguimento à série de audiências públicas para discutir o Orçamento do Estado para 2013.
A região do Vale do Paraíba vai apresentar suas demandas na próxima segunda-feira (25/6), às 10h, na Câmara Municipal de Taubaté.
Na audiência do ano passado, a população dessa região pediu recursos para Hospital Regional de Taubaté, AME na região de São José dos Campos, Investimentos na Estrada Velha Rio/SP, investimentos na Rodovia Oswaldo Cruz, IML sexológico na região de São José dos Campos, Casa Abrigo regional em São José dos Campos. A Comissão aprovou essas emendas que, depois, foram vetadas pelo governador.
Para o líder da Bancada do PT, deputado Alencar Santana Braga, é questão de cidadania e de respeito às pessoas fortalecer a participação popular.
O governo federal, por outro lado, tem investido no Estado. Entre 2003 e 2010, foram quase R$178 bilhões de investimentos em São Paulo nas mais diversas áreas e regiões.
Orçamento regionalizado
A realização das audiências públicas é resultado da luta do Partido dos Trabalhadores na Assembleia Legislativa de São Paulo em defesa de um Orçamento estadual regionalizado e participativo.
Segundo avaliação da Bancada do PT, o governo do Estado, ao longo desses anos, tem resistido em avançar na participação efetiva da sociedade na elaboração do Orçamento estadual. Além de não acolher as propostas apresentadas, não disponibiliza instrumentos para o acompanhamento e fiscalização, por parte da população, das ações do governo estadual em cada região.
Além disso, o Orçamento tem se configurado como peça de ficção. Das 777 ações listadas no Orçamento estadual de 2011, os tucanos deixaram de executar os recursos previstos em 63% delas, ou seja, 493 ações não foram cumpridas em sua totalidade.
O levantamento realizado pela assessoria da Bancada do PT, tendo como base o Sistema de Gerenciamento da Execução do Orçamento (Sigeo), revela ainda que 114 ações (14,6%) apresentaram execução orçamentária igual a zero, nem saíram do papel. Outras 115 ações (14,8%) apresentaram execução orçamentária abaixo dos 50%.
Na nova rodada de audiências deste ano, temos ainda outro desafio: lutar por uma regionalização de qualidade do Orçamento do Estado, obrigatória a partir de 2013 e que permitirá maior transparência e participação da sociedade sobre os gastos públicos em todo o Estado, afirmou o líder Alencar Santana Braga.