Ação eleitoreira

Chega a ser ridícula a maratona do governador José Serra para entregar obras, na maioria das vezes incompletas ou que ainda nem foram licitadas. Somente neste mês, inaugurou a maquete de uma ponte que será construída apenas em 2011, na Baixada Santista. Lançou a pedra fundamental virtual de uma escola técnica na Capital e, em Campinas, descerrou duas placas à distância, levadas até ele
Nesta terça-feira (24/3), Serra resolveu inovar ainda mais. Inaugurou o início da demolição de imóveis desapropriados para a construção do Teatro da Dança, na região central da Capital, que será entregue somente em 2013, mas que é anunciado desde
A cena de Serra na demolição foi hilária. Orientado por um operador, o governador manejou uma escavadeira e derrubou um muro. É gostoso, disse alto da máquina de demolição e completou: Derrubar prédios é uma terapia. Para completar, o secretário da Cultura, João Sayad, falou: Só faltou uma taça de champanhe para brindarmos.
Obras inacabadas
As trapalhadas de Serra não param. Até o final do mês, o tucano deve inaugurar a Nova Marginal sem viadutos, o Rodoanel com menos acessos que o previsto, estações de tratamento de esgoto onde não há ligação de rede das casas e o Expansão São Paulo ficou mesmo só na propaganda.
A promessa do governador veiculada em panfletos e na TV era de que “28 novas estações” de metrô e de trem seriam entregues de 2007 até 2010. No entanto, três das cinco linhas de metrô com obras ou entregas para este ano foram adiadas e das 28 estações prometidas só 16 são novas.
Na linha 4 do metrô, a promessa era entregar a primeira fase (com seis estações) no final de 2008, depois 2009, adiada para 2010 e agora a gestão Serra já cita prazo até 2011 para concluir a primeira fase da Linha 4- Amarela. Após tanta propaganda, Serra só consegue acrescentar
Já na Nova Marginal, o governador quer inaugurar a obra, mas ficarão faltando os viadutos e no Rodoanel falta o acesso à cidade de Mauá, no ABC Paulista.
Serra também tem inaugurado Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) sem a ligação de rede das casas, como é o caso da ETE de Monguagá, no Litoral, onde a parte mais cara do projeto ainda não foi feita. Faltam