Pedágio urbano
Em um momento de crise, onde todos buscam soluções para desonerar o custo para o cidadão, o governador José Serra está na contra mão e propõe a cobrança do pedágio urbano no Estado. Como não bastasse a ampliação do custo para os trabalhadores, não há proposta de ampliação da rede de transporte público nas grandes cidades que está saturada e opera no caos, reagiu o líder do PT na Assembleia Legislativa, Roberto Felício, em relação ao projeto do Executivo.
Para a Bancada do PT, a cidade de São Paulo e as demais metrópoles não possuem um sistema de transporte público capaz de assimilar a demanda que viria com a possível implantação de um pedágio urbano. A capital paulista, por exemplo, com 11 milhões de habitantes tem uma rede de apenas
As outras regiões metropolitanas do Estado também apresentam problemas graves de transporte coletivo. Em Campinas, o Corredor Noroeste está atrasado há vários anos no seu cronograma original e o veículo leve sobre trilhos (VLT) da Baixada Santista por enquanto é apenas uma promessa.
Pedágio tem que ser projeto específico
A medida de implantar pedágio urbano está contida dentro do projeto de lei que institui a Política Estadual de Mudanças Climáticas enviada à Assembleia Legislativa.
O líder do PT, Roberto Felício, criticou o fato de a proposta estar embutida em um projeto tão amplo. Se for para ter pedágio urbano, tem que ter um projeto específico. O fato de que o pedágio urbano ter de ser aprovado pela Câmara Municipal para ser criado em uma cidade é outro ponto criticado por Felício. Isso seria atropelar as prefeituras, diz o líder.
Para os petistas, falta ao governo tucano uma política de Estado para implantação de um sistema eficiente de transporte público, com modicidade tarifária e qualidade no serviço e, se implantado o pedágio urbano, seria apenas mais uma fonte arrecadatória e não uma solução para o caos existente no trânsito dos grandes centros.