Serra quer pedágio urbano sem ampliar transporte coletivo

05/02/2009 16:54:00

Pedágio urbano

 

 

 

“Em um momento de crise, onde todos buscam soluções para desonerar o custo para o cidadão, o governador José Serra está na contra mão e propõe a cobrança do pedágio urbano no Estado. Como não bastasse a ampliação do custo para os trabalhadores, não há proposta de ampliação da rede de transporte público nas grandes cidades que está saturada e opera no caos”, reagiu o líder do PT na Assembleia Legislativa, Roberto Felício, em relação ao projeto do Executivo.    

Para a Bancada do PT, a cidade de São Paulo e as demais metrópoles não possuem um sistema de transporte público capaz de assimilar a demanda que viria com a possível implantação de um pedágio urbano. A capital paulista, por exemplo, com 11 milhões de habitantes tem uma rede de apenas 61 quilômetros de metrô e o sistema mais lotado do mundo, quando comparado passageiros transportados com rede implantada. A cidade também não construiu os 300 quilômetros de corredores de ônibus que seriam necessários os serviços da CPTM na Região Metropolitana está decadente.

As outras regiões metropolitanas do Estado também apresentam problemas graves de transporte coletivo. Em Campinas, o Corredor Noroeste está atrasado há vários anos no seu cronograma original e o veículo leve sobre trilhos (VLT) da Baixada Santista por enquanto é apenas uma promessa.

Pedágio tem que ser projeto específico

A medida de implantar pedágio urbano está contida dentro do projeto de lei que institui a Política Estadual de Mudanças Climáticas enviada à Assembleia Legislativa.

O líder do PT, Roberto Felício, criticou o fato de a proposta estar embutida em um projeto tão amplo. “Se for para ter pedágio urbano, tem que ter um projeto específico”.  O fato de que o pedágio urbano ter de ser aprovado pela Câmara Municipal para ser criado em uma cidade é outro ponto criticado por Felício. “Isso seria atropelar as prefeituras”, diz o líder.

Para os petistas, falta ao governo tucano uma política de Estado para implantação de um sistema eficiente de transporte público, com modicidade tarifária e qualidade no serviço e, se implantado o pedágio urbano, seria apenas mais uma fonte arrecadatória e não uma solução para o “caos” existente no trânsito dos grandes centros.

 

 

 

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