Nenhum Direito a Menos

A mobilização e a interrupção de atividades acontecem depois de constatado o conjunto de ameaça aos trabalhadores, com propostas do governo golpista Michel Temer
No dia 26 de agosto, cerca de 30 mil profissionais da educação pública estadual em assembleia deliberaram lançar o início das mobilizações da campanha salarial e que a próxima assembleia estadual ocorrerá no dia 29 de setembro, com paralisação e ato no MASP, na Avenida Paulista local que tradicionalmente recebe trabalhadores em manifestações.
Esta assembleia organizada pela APEOESP decidiu que esta atividade fará parte do Dia Nacional de Paralisação denominada esquenta greve geral, na luta contra retirada de direitos e retrocessos sociais que vem sendo instituído pelo governo golpista Michel Temer.
Os metroviários têm denunciado que nos últimos meses, o governo Alckmin por meio do Metrô adotou a ofensiva contra os trabalhadores, com demissão de 8 funcionários, que na visão da categoria, a medida confirma a tentativa da empresa de pressionar e impor a privatização.
Além disso, os trabalhadores denunciam também que o assedio moral e procedimentos antissindicais têm se tornados frequentes, com aplicação de advertência e desconto aos que participam de atividades promovidas pelo sindicato da categoria. Nesta quarta-feira, dia 21/9, às 18h30, o sindicato promoverá uma assembleia.
Outra categoria dos servidores públicos estaduais, os trabalhadores do sistema de saúde do Estado, representados pelo SindSaúde-SP aprovou, em sua última Assembleia Geral, que no próximo dia 22 de setembro realizará 24 horas de paralisação. A data foi definida por diversas categorias como o Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, organizado pela CUT e sindicatos filiados. Os trabalhadores (as) irão às ruas para lutar contra a retirada de direitos e retrocessos impostos pelo desgoverno Temer.
Os servidores públicos da saúde do Estado de São Paulo irão se reunir as 14 horas do dia 22, em frente a Secretaria Estadual de Saúde, para retomar a campanha salarial e pressionar o governo do Estado de São Paulo, para que apresente uma proposta aos servidores. Apesar das mesas de negociação, o governo não apresentou nenhuma proposta, ou seja, recebe os trabalhadores (as), mas não negocia. Após a manifestação os servidores da saúde se somarão as demais categorias na Avenida Paulista.
A mobilização e a interrupção de atividades acontecem depois de constatado um conjunto de ameaça aos trabalhadores, com propostas que surgem via Executivo ou por meio de projetos que tramitam no Congresso Nacional.
Por exemplo, a reforma da Previdência proposta por Temer, quer aumentar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos, tanto para o setor público como para o privado, independentemente do sexo e sem levar em consideração que as mulheres normalmente fazem jornada dupla. O desgoverno Temer também quer dar rapidez à tramitação do PLC 30/2015, que propõe a terceirização irrestrita, tanto da atividade-meio, como da atividade-fim.
A CUT também levará às ruas as bandeiras contra a entrega do pré-sal brasileiro, o Projeto de Lei (PL) 257 que muda a forma do pagamento das dívidas dos estados com a União e congela investimentos no serviço público impedindo novos concursos públicos e reajustes salariais e a PEC 241/2016, que congela os investimentos públicos por 20 anos para pagar a dívida pública, causando danos à saúde, educação, transporte, entre outras áreas.
Rosário Mendez