Saúde
Representantes dos 300 trabalhadores do Iamspe comparecem, nesta terça-feira (6/11), na Comissão de Saúde para reiterar protestos sobre a rescisão de seus contratos de trabalho pelo governador José Serra, no último dia 31/10.
O presidente da Comissão de Saúde, Adriano Diogo, se solidarizou com os manifestantes e convidou-os para participar, na quarta-feira (7/11), de uma reunião conjunta das comissões de Gestão Pública e Finanças e Orçamento, com a presença do secretário de Gestão Pública, Sidney Beraldo. Na ocasião, os trabalhadores dispensados poderão apresentar suas reivindicações.
Os 300 trabalhadores do Iamspe dispensados (80 médicos) pelo governo tucano sem qualquer aviso prévio, foram comunicados por carta ou por telefone da rescisão de seus contratos de trabalho concomitante as suas aposentadoria.
Com a medida, o atendimento do Instituto ficou prejudicado. Dos dispensados, 260 atuavam no hospital, sendo 55 médicos, 10 diretores médicos, 13 enfermeiros e 22 profissionais do laboratório. Hoje a situação no hospital é caótica. No mínimo 133 consultas agendadas deixarão de ser atendidas, pois os médicos estão entre os dispensados. O Hospital, que faz parte do Iamspe e que é mantido com a contribuição do funcionalismo estadual, realiza cerca de 3.500 consultas. Pelo site do Instituto, é possível acompanhar o número de agendamento que até o momento supera os 770 mil no ano. Mesmo assim não há profissionais suficientes para atender a demanda.
O jornal Diário de S.Paulo de 31/10 publica a reclamação de um leitor que há mais de três meses tenta uma consulta. Em abril, o Governo tentou terceirizar os serviços laboratoriais. Os funcionários iniciaram uma vigília no setor e conseguiram barrar a medida. No ano passado, os funcionários paralisaram as atividades e conseguiram barrar a terceirização do setor de Raio-X e a contratação de profissionais, como médicos e auxiliares, por uma empresa terceirizada de limpeza.