Siemens diz que denúncia ao Cade foi espontânea e que antecipou-se a lei anticorrupção

27/09/2013

Em informe publicitário

A multinacional Siemens publicou, nesta sexta-feira (27/9), informe publicitário em que informa que a denúncia ao CADE- Conselho Administrativo de Defesa Econômica foi uma decisão espontânea e proavita de levar ao órgão os indícios que revelam a formação de suposto cartel em alguns contratos metroferroviários.

Segundo a empresa sua ação está em sintonia com a mudança que todos desejam rumo à sociedade transparente. “Temos de dar um basta no silêncio que consente. O prejulgamento contra os que denunciam cria um ambiente contrário à transparência e ao diálogo e acaba premiando aqueles que decidem acobertar más práticas”.

Ainda de acordo com a nota, a empresa antecipou-se à Lei Anticorrrupção, que entra em vigor em fevereiro de 2014. A lei 12.846, prevista para entrar em vigor em fevereiro do próximo ano classifica como crime a oferta de vantagem indevida a agente público; financiamento ou patrocínio de prática de atos ilícitos; e fraudes, por qualquer meio, do caráter competitivo de licitações.

Para apurar fraudes no Metrô e na CPTM promotores buscam parceria internacional

O Ministério Público de São Paulo vai recorrer à promotoria de Munique no caso Siemens. Promotores estão preparando um pedido às autoridades judiciais da Baviera, onde a fica a matriz da empresa, para que autorize a liberação de informações que possam ajudar nas investigações sobre a atuação de um cartel metroferroviário no Brasil. As informações sobre o pedido de cooperação foram divulgadas pela agência alemã Deutsche Welle nesta quinta feira, 26.

Os promotores da capital da Baviera – onde a Siemens tem parte de sua matriz – deverão receber a solicitação do órgão paulista em cerca de 15 dias. A Deutsche Welle atribui a informação a fontes do Ministério Público de São Paulo. Promotores confirmaram ao Estado que estão elaborando o pedido. “Mais detalhes sobre o pedido de cooperação não puderam ser revelados, já que as investigações do caso correm sob sigilo”, diz o texto da Deutsche Welle Brasil.

O Ministério Público na Alemanha também investiga a conduta de executivos da Siemens. O pedido da promotoria de São Paulo poderia envolver o congelamento de ativos, se houver como rastrear o dinheiro que a Siemens ganhou no Brasil por meio de suposto cartel em licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) de São Paulo e do Metrô em Brasília. “Mas para isso é preciso que o Brasil apresente um indício de prova robusto”, disse uma fonte da área de cooperação jurídica internacional brasileira. “Mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer.”

*com informações do jornal O Estado de S. Paulo

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