Chuvas
No primeiro teste após ser anunciado oficialmente, o Sistema de Previsão e Alerta de Enchentes do governo do Estado falhou ao não prever o transbordamento do Ribeirão dos Aterrados, em Americanópolis, zona sul da capital, na última segunda-feira (25/10). Duas pessoas morreram e seis famílias estão desabrigadas.
O sistema, que custou R$ 2 milhões, deveria emitir um alerta de enchentes em regiões críticas com até duas horas de antecedência.
No dia 13 de outubro, ao apresentar o sistema de monitoramento à imprensa, a secretária de Saneamento e Energia, Dilma Pena, afirmou que cada piscinão, córrego ou rio tem uma estação instalada em pontos estratégicos. Mas o córrego que transbordou anteontem ainda não é monitorado, segundo o superintendente do Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee), Amauri Pastorello.
O superintendente afirmou em entrevista à TV Globo que a falha não é do equipamento. A falha ainda está no processo de monitoramento.
O sistema deveria fornecer informações em tempo real às subprefeituras e à Defesa Civil. A ideia é que, caso o computador aponte para uma tendência de alagamento, esses órgãos possam se preparar para evitar uma tragédia.
Enquanto isso não funciona, os moradores da Avenida Delfino Facchina, em Americanópolis, se viram como podem. Quando começa a chover, eles correm para as janelas, lajes ou qualquer lugar alto e avisam os motoristas para não passarem pela via. Anteontem, não foi diferente.
O aviso, porém, foi ignorado. E Almir Martins de Souza, de 51 anos, e sua mulher, Nádia, de 46, morreram afogados dentro do próprio carro, que foi arrastado pela água.
Plano de Combate às Enchentes
A deputada petista Ana do Carmo apresentou à Assembleia um projeto de lei para criar um Plano Estadual de Controle e Construção de Equipamentos de Represamento de Águas.
O objetivo do Plano é realizar o mapeamento, o licenciamento e a fiscalização do funcionamento dos reservatórios artificiais de água, o que permitira a elaboração de planos regionais de emergência e riscos de enchentes.
A Deputada também é autora do PL 213/2007 que cria o Plano Estadual de Prevenção de Riscos Ambientais. Aprovado pela Assembleia Legislativa, o projeto foi vetado em maio de 2008, pelo então governador José Serra, sob a alegação de que se tratava de assunto administrativo de responsabilidade do Poder Executivo.
Com informações de: PTAlesp e Jornal da Tarde