Tarifa cara
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor Idec realizou uma pesquisa para saber quantos bilhetes do Metrô, a população das cidades Nova York, Cidade do México, Toronto, Londres, Madri, Tóquio e Santiago podem adquirir, com o salário mínimo.
O levantamento mostrou que a capital paulista tem a passagem mais cara do mundo, o bilhete do Metrô custa R$ 2,40 e o mínimo (nacional) de R$ 415, tem poder de compra de 172 bilhetes.
Na Argentina há uma realidade diferente, com um salário mínimo de equivalente a R$ 539,59, o cidadão pode comprar 1.079 bilhetes, tendo um valor unitário de R$ 0,50. Na Cidade do México o Metrô custa R$ 0,33, mesmo com uma renda mínima de R$ 188,15, é possível comprar 570 unidades. Entre as cidades brasileira, o preço unitário mais barato é Fortaleza, salário regional de R$ 420, e a passagem é de R$ 1 cada.
Além dos dados financeiros comparados a pesquisa mostra a extensão da malha metroviária nessas capitais, onde as brasileiras continuam em desvantagens.
Em Tóquio o cidadão pode ter 339 passagens, com um salário de R$ 1.758,22, e, tem 304 km de extensão de Metrô. Em São Paulo além de não atender a toda a cidade há a superlotação, existe apenas 61,3 km de malha viária, e valor dos bilhetes superior aos dos japoneses.
Segundo especialistas o Metrô deveria ter subsídios do governo do Estado como em outros países. Mas salientou a falta de planejamento do Estado na extensão do Metrô, pois com a tarifa reduzida o número de passageiros iria aumentar e o Metrô paulista, nas atuais condições não iria suportar a demanda, que hoje é de 3 milhões de usuários por dia .