Com falta de propostas
Por ausência de acordo na reunião desta quarta-feira (5/6) com o secretário Davi Zaia, da Gestão Pública, categoria decide estender a paralisação que já dura 35 dias
Após reunião com o secretário estadual de Gestão Pública de São Paulo, Davi Zaia, realizada nesta quarta-feira (5/6), na sede da secretaria, na capital, os trabalhadores da Saúde decidiram manter a greve iniciada há 35 dias. Aproximadamente 80 grevistas ocupam desde a noite de terça-feira o auditório Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa.
O presidente do sindicato da categoria (SindSaúde-SP), Gervásio Foganholi, disse que Zaia não apresentou contraproposta ao pedido de reajuste salarial de 32,2% referente a perdas acumuladas nos últimos cinco anos, mas que comprometeu-se a agendar reunião entre a Casa Civil e as secretarias de Gestão Pública e Saúde para discutir a reivindicação.
Segundo o dirigente, Zaia apresentou estudo sobre o impacto do aumento do auxílio-alimentação de R$ 8 para R$ 22, conforme a reivindicação dos trabalhadores, e prometeu uma resposta a esse item da pauta até sexta-feira (7/6). “Vamos continuar em greve até que eles apresentem as duas propostas”, avisa Foganholi.
Enquanto o sindicato contabiliza 32 unidades paradas, incluindo hospitais, a Secretaria de Saúde do Estado diz que a greve atinge parcialmente apenas quatro das 203 unidades.
Em nota, a secretaria informa que os funcionários em greve terão os dias de paralisação descontados do salário. Afirma ainda que mantém diálogo com o sindicato e espera que os servidores não interrompam o atendimento para não prejudicar a população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.
Mantida a ocupação na Assembleia
Os servidores estaduais da saúde decidiram no fim da manhã desta quarta-feira (5/6) que irão permanecer em greve e manter a ocupação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Cerca de 80 funcionários passaram a noite no plenário e em algumas salas da Assembleia, com autorização de alguns deputados estaduais.
Reivindicações
Entre as reivindicações dos trabalhadores, que estão parados desde 1º de maio, estão a reposição salarial de 32,2%, vale-refeição de R$ 26,22,prêmio de incentivo igualitário e transparência no uso da verba do Fundo Estadual de Saúde (Fundes).