Trabalho semi-escravo na USP

27/03/2013

Denúncia

O jornalista Luiz Carlos Azenha, no blog Vi o Mundo, escreve sobre o livro A Precarização tem Rosto de Mulher, que trata da luta das trabalhadoras da Universidade de São Paulo por melhores condições de trabalho, de autoria de Diana Assunção. Segundo Azenha, USP sob no ranking das melhores universidades baseada em trabalho semi-escravo.

Leia o que escreveu Azenha:

“A abordagem é inovadora, pois destaca o protagonismo das próprias mulheres ao longo da luta social. Mulheres, majoritariamente negras, terceirizadas, que ganham de salário o que outros funcionários ganham de Vale Refeição.

É um tema atualíssimo: Márcio Pochmann trata disso em Nova Classe Média?, no qual argumenta:

`Seja pelo nível de rendimento, seja pelo tipo de ocupação, seja pelo perfil e atributos pessoais, o grosso da população emergente não se encaixa em critérios sérios e objetivos que possam ser claramente identificados como classe média. Associam-se, sim, às características gerais das classes populares, que, por elevar o rendimento, ampliam imediatamente o padrão de consumo. Não há, nesse sentido, qualquer novidade, pois se trata de um fenômeno comum, uma vez que trabalhador não poupa, e sim gasta tudo o que ganha. Em grande medida, o segmento das classes populares em emergência apresenta-se despolitizado, individualista e aparentemente racional à medida que busca estabelecer a sociabilidade capitalista. (…) Percebe-se sinteticamente que a despolitizadora emergência de segmentos novos na base da pirâmide social resulta do despreparo de instituições democráticas atualmente existentes para envolver e canalizar ações de interesses para a classe trabalhadora ampliada. Isto é, o escasso papel estratégico e renovado do sindicalismo, das associações estudantis e de bairros, das comunidades e base, dos partidos políticos, entre outros.`

Temos, portanto, um quadro generalizado de precarização das condições de trabalho, do uso das novas tecnologias de informação para sobrecarregar os trabalhadores, da terceirização e de outros golpes para reduzir direitos sociais…

… A USP tem subido no ranking das melhores do mundo, mas o que há escondido sob o tapete?”

A autoria do livro Diana Assunção, que é funcionária da Faculdade de Educação da USP, descreve uma aliança improvisada entre trabalhadoras de limpeza e estudantes para fortalecer a luta social delas.

fonte: Viomundo

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