Metrô
Trens do metrô de SP custam 36% a mais do que os do Rio
Vagões importados pelo MetrôRio ficaram 36% mais baratos do que os comprados na Espanha para a Linha 5 da capital paulista
Os 19 trens chineses adquiridos pelo MetrôRio custaram 36% menos do que os 26 trens de mesmo tamanho (seis vagões) e conforto comprados recentemente na Espanha para a Linha 5 do Metrô de São Paulo.
O lote foi adquirido por R$ 320 milhões e três trens já começarão a operar neste semestre. Já os que circularão na capital paulista, também dotados de ar-condicionado e câmeras internas de segurança, foram comprados há um ano da CAF, com sede na Espanha. Cada composição custou R$ 23 milhões.
Os trens chineses também consumem 30% menos energia.
A página da Changchun Railway Vehicles Equipment (China CNR) na internet diz que a empresa já fabricou locomotivas e vagões para vários países em desenvolvimento, como Angola, Casaquistão, Congo, Cuba, Irã, Malásia, Paquistão e Turquia. O único país desenvolvido citado é a Austrália, com 1.412 vagões. “Isso não quer dizer que os trens são de terceiro mundo. Essa mesma empresa já forneceu composições para o metrô de Hong Kong, que é um dos melhores do mundo. Na verdade, apenas a carroceria e o conjunto de eixo-roda são da China. Todo o resto é importado e montado lá. O ar-condicionado é de uma fábrica da Austrália; os freios, da Alemanha; a tração, japonesa, etc.”, diz Joubert Flores, diretor de Engenharia do MetrôRio.
Diferenças elevariam em 1/3 o preço?
As composições atuais, fabricadas em São Paulo com tecnologia americana, têm tração em todos os eixos, o que permite maior aderência aos trilhos e por isso chacoalham menos. Os trens chineses são do tipo reboque (com alguns vagões motorizados) e por serem mais leves têm maior movimento lateral em altas velocidades.
O questionamento que se faz é que estas diferenças seriam responsáveis por aumentar os preços dos trens em mais de um terço (36%)?
*informações do jornal O Estado de S. Paulo