Desacato Tucano
A representação por desacato impetrada pela Bancada do PT, contra o ex- secretário de segurança pública de São Paulo, Saulo de Castro foi acolhida em 19/09, pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Em junho do ano passado, ao ser questionado na Assembléia Legislativa sobre os ataques da facção criminosa PCC em São Paulo, Saulo de Castro desacatou nove deputados, ao questionar a masculinidade, os atributos intelectuais e a honestidade dos parlamentares. Ele chegou a dizer ao deputado petista Ítalo Cardoso que “não dá para explicar para criminoso como a polícia atua”. Como o deputado insistiu, Saulo respondeu: “Pare com esse tom de machão, você não é assim, rapaz”.
Em outro momento, os deputados questionavam Saulo de Castro sobre sua resistência em participar da sessão quando ele tomou o microfone para falar.O presidente da comissão, deputado do PT Vanderlei Siraque reagiu e arrancou o equipamento das mãos do secretário.
O encontro entre o então secretário e os deputados pretendia debater as medidas adotadas sobre crimes praticados por PMs no combate aos atentados promovidos pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), no começo de 2006. Durante toda a reunião, os gestos e palavras de Abreu Filho foram ovacionados por PMs que estavam na platéia.
Agora Saulo de Castro será julgado por desacatar nove deputados estaduais: petistas Enio Tatto, Carlinhos Almeida, Ítalo Cardoso, Mário Reali, Renato Simões, Vanderlei Siraque. Para Enio Tatto que na condição de líder da Bancada do PT encaminhou a representação “é importante o respeito pelo Parlamento e pelos parlamentares que são eleitos pelos cidadãos.”
Sobre o recente comentário de Saulo de que estava vivendo uma fase zen, Enio Tatto lembrou que este período terminou e que o secretário vai ter que contratar um advogado para se defender.