Tucanos favorecem caos com obra eleitoreira, bomba defeituosa, promessa falsa e despesa bilionária

09/12/2009 14:38:00

São Paulo

 

A obra que está agravando os problemas decorrentes das chuvas na cidade de São Paulo é a Nova Marginal, tocada às pressas por Serra sob advertências e protestos de urbanistas e ambientalistas.

Iniciada em junho para ser inaugurada à beira da campanha eleitoral de 2010, a obra de R$ 1,3 bilhão já sacrificou 512 árvores – mais de 10% das que existiam nos 23 quilômetros da marginal. E nesta terça-feira (8/12) não resistiu às chuvas. No início da manhã as pistas, alagadas, foram bloqueadas ao tráfego, provocando congestionamento de mais de 15 quilômetros.

Para a presidente da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas, Saide Kahtoni, a construção das pistas auxiliares na Marginal Tietê é “o tiro de misericórdia” na impermeabilização do solo paulistano.

“O projeto é uma agressão a São Paulo, pois ocupa fundos de vale e privilegia o sistema viário”, diz Saide Kahtoni, professora doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e autora do livro “Cidade das Águas”, que exatamente analisa a forma como São Paulo foi impermeabilizada pelos sucessivos governos.

“Esses espaços deveriam ser reservados para absorver enchentes”, afirma.

Nesta terça-feira, além de o asfalto da Nova Marginal contribuir para a ocorrência de enchentes, uma das quatro bombas que tem a função de reverter a trajetória do rio Tietê falhou. Com um defeito hidráulico, comprometeu 25% da capacidade de bombeamento da Usina Elevatória de Traição e contribuiu para o terceiro transbordamento do Tietê desde 2005 – todos ocorridos depois que o Governo Geraldo Alckmin (PSDB) gastou mais de R$ 1 bilhão para rebaixar a calha do rio, com a promessa de que assim o Tietê só transbordaria uma vez a cada cem anos.

Serra ajuda a agravar impacto das chuvas em São Paulo

Uma obra e uma bomba avariada, ambas de responsabilidade do Governo Serra (PSDB), contribuíram para agravar o impacto das chuvas na cidade de São Paulo, na terça-feira (8/12).

Foi um horror, outra vez: o temporal, entre a madrugada e a tarde de ontem, fez transbordar os rios Tietê e Pinheiros; alagou a cidade em 105 pontos; inundou moradias; pôs debaixo dágua quantidade ainda indeterminada de alimentos na central de abastecimento (Ceagesp); deixou ilhadas pelo menos 52 pessoas; provocou o desabamento de seis prédios e sete deslizamentos de terra; causou interrupção no abastecimento de energia elétrica a quatro bairros; interrompeu também a circulação de trens e congestionou ruas e rodovias enfileirando veículos ao longo de 128 quilômetros . Em São Paulo e em outras três cidades, sete pessoas morreram em consequência de deslizamentos de terra e outros desastres.

Durante 15 horas a capital paulista conviveu com estado de atenção declarado pelo Centro de Gerenciamento de Emergências, ligado à Prefeitura. De acordo com o CGE, entre a madrugada e o fim da tarde choveu o equivalente a 37,7% de todo o volume previsto para dezembro. Foi o maior índice pluviométrico desde 2005 e o segundo maior desde 1999.

À noite, quatro rodovias estaduais continuavam interditadas, debaixo d’água.

fonte: www.brasiliaconfidencial.inf.br

 

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