Crise da água
A quantidade de água do volume morto do Sistema Cantareira atingiu 11,7 %, segundo medição desta terça-feira (26/8) da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Há um ano, o nível dos quatro reservatórios que compõem o Cantareira estava em 48,4%, descontada a reserva técnica.
Desde maio, o abastecimento em parte do estado passou a depender da reserva técnica ou volume morto – água que fica abaixo do nível de bombeamento. Com o reforço, os 182,5 bilhões de litros de água elevaram, na época, o total armazenado para 982,07 bilhões de litros. O Cantareira, que fornece água para 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo e para as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, sofre a maior falta de chuva de sua história.
A situação crítica levou a Sabesp, na semana passada, a solicitar à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) autorização para ampliar a retirada de água da reserva técnica. Apesar de não haver necessidade de bombeamento adicional, segundo a Sabesp, a medida preventiva é para dispor de mais 106 bilhões de litros de água da reserva, especificamente da Represa Jaguari/Jacareí.
Falta de investimentos do governo tucano leva ao caos
Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, em 31 de maio, trouxe a informação de que a Sabesp não investiu 37% do que tinha previsto para a realização de obras no período entre 2008 e 2013. Os dados são de documento interno da empresa finalizado em dezembro do ano passado.
Antes mesmo da crise de abastecimento no Estado, a escassez de água era uma realidade para pelo menos 1,6 milhão de pessoas, número equivalente a 9,5% dos consumidores atendidos pela Sabesp na região metropolitana de São Paulo.
*com informações da Agência Brasil e Folha de S. Paulo
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