Petistas enfrentam bancada ruralista contra PL da grilagem
Petistas enfrentam bancada ruralista contra PL da grilagem

A batalha da bancada do PT em defesa da reforma agrária no Estado de São Paulo vem de longa data. A líder PT na Alep, deputada Márcia Lia, abriu as discussões do PL 277, apontando a jornada de resistência, coragem e enfrentamentos dos deputados do PT contra a bancada ruralista.

Em suas manifestações, a deputada Professora Bebel ressaltou a luta do PT contra a ganância dos latifundiários e a violência contra os trabalhadores do campo. Na ocasião, a deputada enalteceu a fábrica de laticínios inaugurada na semana passada na cidade de Andradina, que contou com a presença do ex-ministro da educação Fernando Haddad e do ex-governador Geraldo Alckmin.

A deputada desafiou os empresários e latifundiários a aprender a produzir alimentos de qualidade, numa dinâmica de respeito ao meio ambiente e aos trabalhadores. “Esse projeto 277/2022 é uma negação dos direitos fundamentais e atenta contra os direitos ao trabalho, à moradia, à alimentação e à renda”, denunciou

A carestia dos alimentos foi apresentada pelo deputado Enio Tatto, que levou ao plenário um folder de supermercado de 2019 e comparou os preços dos alimentos básicos da época aos atuais. Elencando os produtos da cesta básica, Enio mostrou o quanto os produtos estão mais caros e a importância da produção de alimentos para abastecer a mesa da população.

Na avaliação do deputado, a votação desse projeto mostrará a posição de cada deputado na Casa. Quem defende os trabalhadores do campo e da população e aqueles que atuam em prol dos interesses dos ruralistas.

“O governo deveria colocar as terras devolutas nas mãos dos pequenos produtores, que cultivam arroz, feijão, frutas e legumes. No entanto, com a aprovação desse projeto, o governo favorecerá a concentração de terras, até porque todos sabemos que quem vai comprar as terras públicas são os grandes fazendeiros,” declarou.

A Marcha Nacional pela Reforma Agrária, ocorrida há 25 anos, foi lembrada pelo deputado Teonilio Barba, que mencionou a jornada dos 1300 marchantes do MST que partiram de diferentes pontos do país, em fevereiro de 1997, rumo à Brasília, em protestos contra o massacre de Carajás e em defesa da Reforma Agrária.

A votação desse polêmico projeto e a celeridade com que foi levado à deliberação foram alvos de críticas do deputado petista, que vinculou a grilagem de terras públicas à fome e à violência no campo e na cidade.

Sob o comando da líder da bancada, a deputada Márcia Lia, ao longo das duas sessões extraordinárias, os petistas pontuaram as críticas, protestos e denúncias contra o projeto 277/2022. De acordo com a líder petista, caso ocorra a aprovação do PL 277/2022, a bancada acionará a Justiça em defesa do patrimônio público.

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